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quinta-feira, janeiro 27, 2011

Como Abrir - Montar um Criadouro de Iscas para Pesca - Como Criar Iscas para Pesca

Criação de iscas para pesca
Apresentação do Negócio
A primeira ação de uma pescaria é a opção pelo tipo de isca mais adequada ao tipo de peixe que se pretende capturar, principalmente pelo fato dos pescados serem uma das poucas populações silvestres ainda passíveis de serem capturadas tanto como prática esportiva como também comercialmente exploradas como alimento.
Uma isca de pesca é um apetrecho anexado ao fim de uma linha de pesca com o objetivo, como o nome sugere, de engodar o peixe por uma combinação de movimento, vibrações e cor. A pesca com iscas pode ser datada de civilizações antigas, onde os ganchos de peixe esculpidos do osso e do bronze foram descobertos. Somente no início do décimo nono século é que a criação de equipamentos e iscas passou a ter uma conotação comercial.
Atualmente, a criação de iscas geralmente é composta por pequenos peixes e crustáceos, como a tuvira (Gymnotus spp), a pirambóia (Lepidosirem spp) e o caranguejo (Dilocarcinus paguei paguei). No entanto, minhocas e insetos, como o gafanhoto e o grilo, também podem ser utilizados como iscas vivas, dependendo do tipo de pesca.
De fato, por meio da escolha de uma isca apropriada para determinado tipo de pescado, a atividade pode ser realizada de forma continuada, seguindo sempre os princípios da sustentabilidade ambiental. Dessa maneira, amplia-se a possibilidade de se extrair dos rios, mares e lagoas apenas os exemplares desejados, com o tamanho dentro dos parâmetros permitidos, garantindo assim a renovação dos recursos naturais, sem prejuízos permanentes para o ecossistema.
Neste material serão descritos os principais aspectos que devem ser verificados para que o empreendedor que esteja interessado em investir neste ramo não seja surpreendido, principalmente por limitações ambientais.

Criação de iscas para pesca
Mercado
A aqüicultura é praticada, atualmente, em todos os estados brasileiros e abrange modalidades de produção como: piscicultura, carcinicultura, ranicultura, malacocultura e outras modalidades que são produzidos em menor escala. No Brasil, a piscicultura é, dentre essas modalidades, a de maior destaque.
A piscicultura é considerada uma prática com grande potencial de crescimento no Brasil devido, principalmente, às características da malha hidrográfica e do clima. De fato, são mais de 8 mil km de faixa litorânea e aproximadamente 5,5 milhões de hectares de reservatórios de águas doces, representando 13,8% de toda a água doce existente no mundo.
O Brasil produziu, em 2007, 1,05 milhões de toneladas de pescados por ano. Recentemente, o governo brasileiro anunciou um plano que prevê investimentos orçamentários em torno de R$ 1,7 bilhões, aliados a mais R$ 1 bilhão anuais em créditos e linhas de financiamento até 2011. Com isso, estima-se que a produção de pescado no país cresça em torno de 40%, passando a ser produzido 1,4 milhões de toneladas de pescado ao ano.
Paralelamente ao crescimento da piscicultura, existe o aumento da produção de iscas para peixe. A produção de iscas vivas é a atividade da piscicultura que envolve a reprodução natural ou induzida, cultivo e venda de peixes usados como iscas tanto na pesca amadora, quanto na pesca comercial para estabelecimentos e pessoas legalmente autorizadas.
O crescimento da produção de iscas vivas depende também da demanda do consumidor pelo pescado. Dessa forma, é o perfil do mercado consumidor que irá determinar a quantidade e o tipo de iscas vivas a ser cultivado.
As iscas vivas utilizadas na pesca possuem características diferenciadas para cada tipo de peixe a ser capturado. Por isso, o mercado das iscas vivas para pescados é diversificado e rentável. Ainda não existem locais onde há uma concorrência acirrada e direta entre os criadores de iscas, mas, onde ela ocorre, o mercado tende a ser mais competitivo.
Uma das principais espécies utilizadas como isca viva atualmente é a sardinha. No entanto, a população de sardinhas, assim como a de diversas outras espécies, vem diminuindo a cada ano, trazendo à tona dúvidas relacionadas ao comprometimento dos estoques naturais desses peixes e fazendo com que restrições legais sejam feitas à captura dessa isca viva.
A escassez de espécies que servem de iscas traz, ainda, problemas ao ecossistema marinho, já que estas servem de alimento para muitos outros pescados, como o atum, por exemplo, que se alimenta da sardinha.
Nesse contexto, a retirada de peixes do seu habitat natural, promovida, principalmente, pela pesca predatória e pelo aumento crescente da pesca esportiva, vem provocando impactos de grandes proporções ao meio ambiente, pois muitas populações de peixes usadas como isca-viva estão sendo ameaçadas.
É preciso encontrar, em caráter de urgência, meios para solucionar os problemas como esses encontrados pela pescaria de isca viva. Uma das alternativas encontradas para que se possa manter o equilíbrio do ecossistema e a manutenção de populações naturais de peixes é o estimulo ao cultivo de espécies em cativeiro, como lambaris, por exemplo.
Estes são pescados de fácil adaptação e reprodução, tem alta fecundidade e elevada taxa de crescimento, e podem substituir a sardinha na utilização como isca viva para pesca. Um outro exemplo de pescado que pode ser criado em cativeiro é a manjuba. Este é um pescado que possui características semelhantes ao lambari em termos de adaptação e reprodução e sua criação também vem crescendo bastante no Brasil.

Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
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