Como Abrir um Negócio

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Como Abrir - Montar uma empresa de comercialização de água mineral

Comercialização de água mineral
Apresentação do Negócio
A água mineral é usada há cerca de 2500 anos. Em 1605 um Edito do rei Henri IV regulamentava a atividade e o comércio das águas minerais. Somente em 28 de julho de 1823 com a "Disposição Real" do rei da França é que a água mineral começou a ser engarrafada.
A água mineral é considerada no Brasil e no mundo, um alimento. Existem ainda considerações da água mineral, como medicamento e como produto dietético e de regime. A água mineral era vendida em farmácias, pois essencialmente sua função era medicinal. A igreja reconhece as qualidades terapêuticas “milagrosas” das águas minerais e colocava as fontes sob proteção de um santo, o que justificava a maioria dos nomes das fontes.
Em 1945, com a necessidade de padronizar o aproveitamento das águas minerais brasileiras utilizadas em balneários ou para comercialização através do engarrafamento, o Presidente da República, Getúlio Vargas, exatamente em 08 de agosto de 1945, assinou o Decreto-Lei nº 7.841, publicado no DOU de 20 de agosto de 1945, conhecido como o "Código de Águas Minerais"; competindo ao Ministério de Minas e Energia (MME) através do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) as outorgas em todo o território nacional.
Com a introdução da máquina de encher frascos, com a embalagem de vidro, a atividade industrial cresce, e surgem as grandes marcas de água mineral.
No fim dos anos 60, um novo impulso é dado a esta atividade em função do surgimento das embalagens plásticas.
No Brasil, a produção de água engarrafada manteve-se estável até 1968, ano que marcou o início de uma nova fase no mercado, com lançamento do garrafão de vidro de 20 litros pela Indaiá do Distrito Federal. O garrafão possibilitou a ampliação do mercado, nele inserindo um novo consumidor: a empresa. A água mineral engarrafada deixava de freqüentar apenas casas, bares, lanchonetes e restaurantes para estar também presente em indústrias, lojas e escritórios.
Em 1970, outra novidade da indústria de águas minerais a conquista do consumidor, as garrafinhas plásticas de polietileno de baixa densidade (PEBD), embalagem de água Fontana, marca engarrafada pela M. Piccaglia, do Rio de Janeiro. Uma agradável surpresa que facilitou o transporte e até o manuseio do produto pelo consumidor final.
Três fatos contribuíram para o boom que se verificou no setor a partir de 1972. O ritmo de crescimento ganhou velocidade com a produção do garrafão de plástico (policarbonato) pela Van Leer, em 1979. O novo garrafão sinalizou o desenvolvimento da indústria plástica, que passou a oferecer os mais diversos produtos (PVC, PP, PS e PET) com diferentes capacidades, abrindo novas possibilidades ao setor de água mineral e potável de mesa.
Com esta evolução, a indústria engarrafadora brasileira chegou aos anos 90 produzindo algo além de água mineral ou potável de mesa: o binômio embalagem/produto. Os garrafões respondem hoje por 55% do volume total de águas minerais, comercializadas no país, devido a sua praticidade ganhou espaço em residências, empresas e escolas.
Em 1997 a indústria engarrafadora nacional movimentou em torno de R$ 500 milhões, essa indústria não danifica o meio ambiente, preservando hoje o equivalente ao estado do Sergipe.
A indústria de água mineral e potável de mesa não necessita de suprimento externo para sua perfeita instalação e manutenção, e supre as necessidades de consumo da população brasileira, oferecendo os diversos tipos de água encontrados nas regiões do País.

Comercialização de água mineral
Mercado
Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais, ABINAM (2005), as taxas de crescimento da produção brasileira demonstram perspectivas futuras de ampla expansão. O faturamento da indústria nacional de água mineral em 2001 foi de US$ 400 milhões, tendo a produção ultrapassada 4,3 bilhões de litros e representando uma elevação de 23% em relação a 2000, e com uma taxa de crescimento próxima de 140% no período de 1996 a 2001.
Não obstante, a posição ocupada pelo Brasil, no ranking mundial do mercado de água mineral, como sexto maior produtor mundial, as exportações são mínimas.
Conforme dados do DNPM (2005), em 2001, houve um faturamento modesto de US$ 61 mil, correspondendo a 327.000 litros de água mineral exportada. Verifica-se, portanto, em relação ao nosso objetivo geral, que o caminho de exportação de água mineral está em estágio muito inicial, contudo, devem-se analisar as possibilidades de seu desenvolvimento futuro.
Há uma grande tendência nas residências e nos escritórios, do uso da água mineral e dos filtros domésticos. Tudo isto se deve a grande desconfiança que os usuários dos serviços públicos ou privados de abastecimento de água potável, têm da qualidade da água distribuída. Isto acontece nos Estados Unidos e outros países na Europa como a Inglaterra, França, Itália e Alemanha. O aumento da venda de água mineral e de filtros domésticos avança da ordem de 20% ao ano.
Características do mercado brasileiro de água mineral
Evolução cronológica da produção/consumo de água mineral, em bilhões de litros:
1996 – 1.800
1997 – 2.114
1998 – 2.497
1999 – 3.005
2000 – 3.520
2001 – 4.320
2002 – 4.700
2003 – 5.100
2004 – 5.355
2005 – 5.600*
2006 – 6.000*
Fonte: DNPM/Abinam; (*) estimativa
O crescimento do consumo/produção em 10 anos foi de 233% no Brasil.
Consumo per capita
Média nacional: 31 litros/ano
São Paulo: 75 litros/ano

Distribuição da produção, por segmentosRetornáveis (garrafões de 10 e 20 litros): 60%
Descartáveis (do copo ao garrafão de 5 litros): 40%

Produção, por regiões
Sudeste: 53,4%
Nordeste: 22,5%
Sul: 12,3%
Norte: 6,0%
Centro-Oeste: 5,8%

Principais produtores brasileiros (Estados)
São Paulo: 37,3%
Minas Gerais: 8,7%
Pernambuco: 5,7%
Rio Grande do Sul: 5,7%
Rio de Janeiro: 5,6%
Bahia: 5,1%
Paraná: 4,6%
Após a apresentação dos dados acima, o empreendedor que optar em abrir um negócio de comercialização de água mineral, deverá dar um próximo passo que é realizar uma pesquisa de mercado, para saber quais são as oportunidades e quais são os riscos que atividade oferece. Um estudo do mercado responderá essas indagações.
A não realização desta pesquisa deixará o empresário em desvantagem ante a concorrência ou a empresa do mesmo não estará dentro dos anseios dos potenciais cliente compradores.
Esta pesquisa não necessita ser complexa. O próprio empreendedor pode elaborá-la, formulando questões e colocando junto um grupo de prováveis clientes para que os mesmos respondam e o mesmo avalie e tome suas decisões.

Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
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