Como Abrir um Negócio

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Como Abrir - Montar uma Clínica de Fisioterapia

Clínica de fisioterapia
Apresentação do Negócio
A Fisioterapia é uma ciência da saúde que estuda e pesquisa sobre o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades tanto nas alterações patológicas quanto nas psíquicas e/ou orgânicas, cujo objetivo é promover, preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de um órgão, sistema ou função.
Suas ações são fundamentadas em recursos físicos e terapêuticos manuais dentre eles a cinesioterapia, eletroterapia, mecanoterapia, massoterapia, hidroterapia, termoterapia e crioterapia que previnem, curam, reabilitam e dão funcionalidade aos indivíduos que sofreram alguns distúrbios cinéticos funcionais gerados por alterações genéticas, por traumas ou por doenças adquiridas.
Conhecendo a História da Fisioterapia
Na Antiguidade (mais ou menos entre 4.000 a.C. e 395 d.C.) havia uma preocupação em eliminar as doenças através a utilização de agentes físicos (sol, luz, calor, água e eletricidade), massagens e exercícios físicos. Segundo Shestack (1979), "Os médicos na Antiguidade conheciam os agentes físicos e os empregavam em terapia. Já utilizavam a eletroterapia, sob a forma de choques com um peixe elétrico, no tratamento de certas doenças".
Ainda nessa época, a China registra obras de cinesioterapia em 2.698 a.C. Na mesma época na Índia usa-se de exercícios respiratórios para evitar a constipação.
A Idade Média, caracterizada por uma ordem social estabelecida no plano divino, foi uma época de lacuna em termos de evolução nos estudos e na atuação na área da saúde. A alta valorização da alma neste período e o interesse pelo desenvolvimento da capacidade física pelas camadas mais privilegiadas parecem ter sido responsáveis por essa lacuna. Desenvolveu-se, portanto nesta época uma fisioterapia destinada a outros fins que não o curativo e sim o de incremento da potência física.
Após esse período de estagnação dos estudos, surge o Renascimento (período entre os séculos XV e XVI), descrito como um momento de crescimento científico e literário. Há então, uma retomada dos estudos onde o interesse não se destina apenas a concepção curativa, mas também a manutenção do estado normal existente em indivíduos sãos.
Entre os séculos XVIII e XIX ocorre a industrialização, momento caracterizado por um avanço na utilização de máquinas e uma transformação social determinada pela produção em larga escala. Houve o desenvolvimento das cidades, bem como surgiram condições sanitárias precárias, jornadas de trabalho estafantes, e condições alimentares insatisfatórias que provocaram a proliferação de novas doenças.
O surgimento de novas patologias e epidemias exigiu da medicina um desenvolvimento nos estudos. Nessa época parece que todos os estudos na área de saúde concentraram sua atenção ao "tratamento” das doenças e seqüelas e deixou de lado as outras vertentes iniciadas na época renascentista, a "manutenção” de uma condição satisfatória e a "prevenção” de doenças. A atenção ao "tratamento" faz surgir à idéia de atendimento hospitalar. Mais tarde, ainda no século XIX, surgem as especializações médicas. A Fisioterapia parece ter seguido a mesma direção dividindo-se em diferentes especialidades.
No decorrer da história pode se perceber que a fisioterapia sofreu todas essas oscilações, passando pela atuação curativa na antiguidade, pela estagnação na Idade Média, pela atenção preventiva concomitante a curativa durante o Renascimento e novamente pelo direcionamento puramente curativo durante a industrialização.
No Brasil, a utilização dos recursos físicos na assistência à saúde iniciou-se por volta de 1879, na época da industrialização, devido ao grande número de acidentados do trabalho, e seus objetivos eram voltados para a assistência curativa e reabilitadora.
Em 1929 o médico Dr. Waldo Rolim de Moraes, instalou o serviço de fisioterapia do Instituto Radium Arnaldo Vieira para atender aos pacientes da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Posteriormente organizou o serviço de fisioterapia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Na década de 50 a incidência de poliomielite atingia índices alarmantes e como conseqüência o número de indivíduos portadores de seqüelas motoras e que necessitavam de uma reabilitação para a vida em sociedade. O número de pessoas acometidas pelos acidentes de trabalho no Brasil se apresentava como um dos maiores da América do Sul, e essa expressiva faixa populacional precisava ser reabilitada para reintegrar o sistema produtivo do país.
Em 1951 surge no Brasil o primeiro curso para a formação de técnicos em fisioterapia. Em 1956 surgiu o primeiro curso com duração de dois anos para formar fisioterapeutas que atuassem na reabilitação (Sanchez, 1984, p.31).
Em 1969 a fisioterapia no Brasil foi regulamentada como profissão através do Decreto-Lei nº 938 de 13 de outubro de 1969.
O Negócio - Fisioterapia
Com a regularização da profissão, o profissional terapeuta, desde que possua formação acadêmica superior, pode atuar, então, como profissional liberal em qualquer fase do desenvolvimento humano, desde o nascimento até a velhice, seja na prevenção, na reabilitação ou na remissão de acometimentos que reduzem a capacidade funcional do indivíduo.

Tradicionalmente, o terapeuta presta serviços nas áreas da saúde como clínicas, consultórios, centros de reabilitação, hospitais, asilos e em pesquisas. Recentemente, novos espaços têm surgidos para esta profissão, como a área da educação, esporte e setor empresarial.

Desta feita, pela sua posição como profissional liberal, o fisioterapeuta, para desenvolver suas atividades, poderá então, abrir consultório, ou clínica, prestar serviços em hospitais, prefeituras, escolas especiais, clubes, academias etc.

Clínica de fisioterapia
Mercado
A fisioterapia se divide em três grandes áreas de atuação: a Ortopedia, a Neurologia e a Respiratória. Dentro destas áreas, destacam-se suas abrangências:
Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional: Atuam na investigação, prevenção e tratamento das doenças dos ossos, músculos, articulações e ligamentos. Pode atuar em fratura, torções, amputações e lesões musculares, inclusive evitando que estas ocorram e evitando, em alguns casos, uma cirurgia, trabalhando de forma preventiva.
Fisioterapia Geriátrica: Atua junto ao idoso e proporciona uma melhor qualidade de vida a este, promovendo uma melhor postura, uma marcha equilibrada, uma melhora da auto-estima, evitando a depressão e o sentimento de incapacidade.
Fisioterapia Pediátrica: Promove um melhor nível de vida para as crianças, principalmente àquelas que apresentam desenvolvimento psicomotor abaixo dos padrões considerados normais para sua faixa etária.
Fisioterapia Desportiva: O fisioterapeuta atua na prevenção, no planejamento, implantação, coordenação e supervisão de programas destinados à recuperação funcional de atletas amadores e profissionais.
Fisioterapia Reumatológica: Com exercícios que ativam a circulação e desenvolvem as articulações, a fisioterapia está indicada para pacientes com reumatismos, artrites, artroses e osteoporose.
Fisioterapia Preventiva: Além de tratar lesões têm papel fundamental na prevenção, como conscientizar a população em geral, especialmente as crianças, quanto à postura, prevenindo alterações posturais e evitando complicações posteriores.
Fisioterapia Cardiorrespiratória: Nesta área, o fisioterapeuta lida com a avaliação e o tratamento de pacientes com distúrbios pulmonares crônicos ou agudos. Emprega métodos e uma grande variedade de exercícios terapêuticos.
Angiologia: O fisioterapeuta avalia e desenvolve um programa de assistência para pacientes com uma variedade de distúrbios vasculares, com o objetivo de melhorar a circulação sanguínea, aumentarem a resistência física aos exercícios, aliviar a dor etc.
Fisioterapia Estética: Atua nessa área, prevenindo o aparecimento de cicatrizes hipertróficas e para facilitar o pré e pós-operatório de cirurgias plásticas. Atua ainda, na celulite, flacidez muscular, estrias, envelhecimento cutâneo, queimaduras, e acne.
Queimados: Usando como principal recurso a cinesioterapia. Tem como objetivo, desenvolver os movimentos do paciente que sofreu queimaduras.
Fisioterapia Neurológica: Tem a função de reabilitar pacientes com problemas neurológicos.
Fisioterapia do Trabalho: Atua na análise ergonômica do local, dos objetos do trabalho e principalmente, para orientarem e auxiliarem os seus funcionários a terem a postura correta no trabalho e a prevenir contra acidentes de trabalho.
Fisioterapia Hospitalar: Atua nas enfermarias de hospitais e UTI’s, com pacientes acamados. Envolvem trabalhos respiratórios, neurológicos, cardiológicos, alongamentos, higiene brônquica, fortalecimento dos músculos etc.
Além destas áreas, o fisioterapeuta se enquadra de várias formas ao mercado, visto que ele é um profissional de promoção e prevenção da saúde.
O mercado de trabalho para o fisioterapeuta, apesar de existir na atualidade grande disputa é, sem dúvida, amplo, tendo em vista alguns fatores relevantes como localidade, especialidade e forma de atuação.
A grande disputa, a maior concentração de profissionais, está nos grandes centros. Nas regiões circunvizinhas às capitais, existem ainda maiores oportunidades de negócios.
O público alvo
O público consumidor no negócio de fisioterapia é bastante abrangente e formado por pacientes que utilizam convênio médico e outros que se beneficiam através de consultas particulares.
Além destes, existem também os atletas e ex-atletas, funcionários de empresas, que podem fazer parte de seus clientes.
É importante estabelecer parcerias com entidades, associações de trabalhadores e empresas contratantes de planos de saúde, os quais representam a maioria da clientela.
Recomenda-se estudar os hábitos, comportamentos, gostos dos clientes e também acompanhar as tendências do mercado, para que o seu negócio esteja sempre atualizado.


Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
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