Como Abrir um Negócio

domingo, outubro 26, 2008

Como Abrir - Montar um Negócio de Churros

Apresentação do Negócio
O churro é um alimento muito consumido na América e Europa. Sua origem remonta a tempos distantes, já que foram os povos árabes que introduziram a receita na península ibérica no século 19. A partir daí, o alimento começou a ser produzido na Catalunha, e logo passou a fazer parte do hábito alimentar dos moradores.
Em razão do ímpeto conquistador da Espanha medieval, a iguaria foi introduzida em diversos países, adaptando-se ao paladar local. Atualmente, o churro é muito popular na América Latina, da Argentina ao México. Nestes países, ele é consumido sem recheio, em cafés e lanchonetes.
No Brasil, popularizou-se a versão frita, em formato de tubo, recheio de doce de leite e cobertura de açúcar. A produção e a comercialização expandiram-se a partir de vendedores ambulantes em carrocinhas semelhantes às de pipoca e de cachorro-quente. O produto é oferecido em praças, esquinas, praias, pontos turísticos e eventos a céu aberto. Já há variações de recheio (por exemplo, chocolate e leite condensado) e de cobertura (por exemplo, canela e brigadeiro).
Recentemente, este produto passou a ser disponibilizado em hipermercados, centros comerciais e shopping centers, através de quiosques e lojas de churros, ou churrerias. Franquias internacionais também já identificaram o potencial deste mercado, inaugurando unidades e expandindo sua marca.
Surge aí mais uma idéia de negócio, ancorada em um produto simples, popular e acessível que agrada crianças, jovens, adultos e idosos. A criatividade brasileira pode ser aplicada no lançamento de novos recheios, coberturas, formatos, embalagens e formas de atendimento. Ou o foco pode ser direcionado para a tradição, com a oferta de churros espanhóis em formato de roda e sem recheio. Qualquer que seja a estratégia, o negócio de churros apresenta-se como mais uma oportunidade empresarial no lucrativo ramo de alimentação.


Churros
Mercado
O setor de alimentação vive, nos últimos anos, uma fase de crescimento vertiginoso no Brasil. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 do IBGE, as famílias estão gastando bem mais com alimentação fora de casa do que gastavam em 2002/03. Nas áreas urbanas, a participação dos gastos com alimentação fora do domicílio no total de gastos com alimentos atingiu um terço (33,1%), bem mais que os 25,1% registrados em 2002/2003. Essa mudança reflete o aumento da renda dos últimos anos, mas também o fato de que cada vez mais pessoas trabalham fora de casa.
O estudo do IBGE aponta que o maior percentual com alimentação fora do domicílio ocorreu na Região Sudeste (37,2%), enquanto os menores percentuais ocorreram nas Regiões Norte (21,4%) e Nordeste (23,5%).
Em valores, a despesa média mensal familiar com alimentação fora de casa atingiu R$ 131,33. A pesquisa revelou ainda que, nas famílias com rendimentos mais altos (acima de R$ 10.375,00), a proporção da despesa com alimentação fora do domicílio é praticamente igual à despesa com alimentação no interior do mesmo. Tais números mostram o potencial de crescimento do setor que, só em 2007, apresentou um consumo de R$ 79 bilhões.
A globalização e aumento do fluxo de turistas contribuíram para que hábitos alimentares internacionais fossem facilmente absorvidos no Brasil. Hoje, numa praça de alimentação de um shopping center qualquer, o consumidor pode escolher entre comida árabe, japonesa, chinesa, italiana, americana ou brasileira. No meio desta ampla oferta, o churro desponta como uma alternativa importada saborosa.
 
Já incorporado ao paladar nacional, o churro com recheio tornou-se uma preferência nacional. Tanto que o mercado tem sido explorado por ambulantes informais que iniciam o próprio negócio com um pequeno investimento. Em sua maioria, estes empreendedores preocupam-se, primeiramente, em servir um produto com preço baixo.
Um vendedor de churros na Barra da Tijuca, bairro carioca de classe média alta, por exemplo, que trabalha diariamente das 7h30 às 18h, chega a vender cerca de 50 unidades por dia (com recheios de doce de leite, chocolate ou misto), o que lhe dá um lucro médio mensal de R$ 1.200,00. Em Presidente Prudente (SP), a lucratividade com a venda de churros durante o carnaval (ao preço unitário de R$ 2,00) pode alcançar R$ 300,00 por noite. Na praia do José Menino, em Santos (SP), um ambulante vende durante a alta temporada, em média, 400 churros por dia, a R$ 2,00 cada. Mas a qualidade dos produtos oferecidos neste segmento ainda deixa a desejar.
 
Neste vácuo de mercado, surgem as lojas de churros, com pontos comerciais, carrinhos mais equipados e barracas em shopping centers e centros comerciais. Estas lojas não concorrem diretamente com o mercado informal, pois os impostos e encargos sociais não permitem a competição de preços. Em compensação, as lojas de churros podem oferecer um produto de maior valor agregado, com mais qualidade, atendimento diferenciado, em um ambiente limpo e higiênico, praticando preços entre R$ 3,90 e R$ 8,55. Elas são capazes de atrair um público mais exigente, oferecendo mais de cinqüenta sabores diferentes, entre opções doces e salgadas, razão pela qual seu faturamento mensal gira em torno de R$ 25 mil a R$ 30 mil por loja.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em 2004 funcionavam no Brasil aproximadamente 995 mil estabelecimentos de serviços de alimentação fora do lar. Alguns levantamentos indicam que os maiores mercados estão nas regiões Sul e Sudeste. Claramente, o segmento encontra-se em plena expansão, com potencial de crescimento em supermercados, sacolões, postos de gasolina, cinemas e festas infantis.
Devido ao risco intrínseco ao negócio, recomenda-se a realização de ações de pesquisa de mercado para avaliar a demanda e a concorrência. Seguem algumas sugestões:
·                    Pesquisa em fontes como prefeitura, guias, IBGE e associações de bairro para quantificação do mercado alvo.
·                    Pesquisa a guias especializados em restaurantes e lanchonetes. Este é um instrumento fundamental para fazer uma análise da concorrência, selecionando restaurantes por bairro, faixa de preço e especialidade.
·                    Visita aos concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e fracos dos estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho.
·                    Participação em seminários especializados


Fonte Sebrae:
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/defina-negocio/ideias-de-negocio/

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