Como Abrir um Negócio

terça-feira, outubro 28, 2008

Como Abrir uma Fábrica de doces e geléias - Como Fabricar Doces e Geléias

Apresentação do Negócio
Quem não lambe os beiços quando se recorda de um doce caseiro feito pela mãe, tia ou avó? Geralmente associados a uma lembrança ou imagem da infância, os doces e geléias representam um importante artefato da cultura brasileira. Estes alimentos são tão relevantes em nossas vidas que podem simbolizar os mais íntimos sentimentos de nossas paixões, carinhosamente apelidadas de “docinho”, “doce de côco”, “manjar dos deuses”, etc.
Contar a história do doce é o mesmo que contar a história de seu ingrediente principal: o açúcar. Sua origem remete aos persas, cerca de 500 anos a.C., que descobriram uma planta apelidada de “rosa que dá mel sem o trabalho da abelha” – a nossa cana-de-açúcar. Também chamado de sarkara em sânscrito, sukkar em árabe, zucker em alemão, sugar em inglês e sucre em francês, o açúcar era produzido e vendido pelos árabes na Idade Média para temperar carnes e outros pratos salgados. Ao final do século XIX, na França, era um produto de luxo oferecido como presente de Natal.
Os brasileiros herdaram o gosto e cultivo do açúcar dos portugueses que chegaram aqui há 200 anos. Nas cozinhas das casas-grandes das fazendas produtoras de açúcar, as senhoras ensinavam as escravas a misturar corretamente os ingredientes. Com o crescimento da sua comercialização no mercado interno, as receitas portuguesas foram se espalhando por toda a colônia e passaram a fazer parte do cardápio alimentar.
A tradição portuguesa de produzir doces com ovos e açúcar juntou-se à imensa variedade de frutas tropicais brasileiras, proporcionando um delicioso cardápio de iguarias tipicamente nacionais. Nas principais cidades brasileiras da época do Império, Rio de Janeiro e Salvador, as negras escravas aproveitavam o excesso de produção e vendiam os doces em compotas feitos com frutas típicas como goiaba e banana.
Hoje, os nossos doces e geléias são apreciados em todos os estados e representam um item obrigatório da dieta do brasileiro. Contudo, as mudanças na sociedade alteraram os hábitos de consumo do brasileiro. Com a inserção da mulher no mercado de trabalho e a precoce saída de casa dos filhos, o doce da mamãe não é mais produzido e consumido com a mesma freqüência. No vácuo desse mercado, milhares de pequenos fabricantes surgiram para suprir esta carência do setor de doces e geléias caseiras, ofertando produtos sem conservantes ou componentes químicos industrializados.
A riqueza nutricional desses produtos é comprovada pela análise química das propriedades dos frutos brasileiros, realizada pelo Estudo Nacional da Despesa Alimentar Familiar (Endef), ligado ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostrou que muitas espécies possuem alto teor de vitamina C, fósforo, cálcio e carboidrato, dentre outras propriedades nutricionais. Além disso, a publicação Alimentos Regionais Brasileiros, elaborada pelo Ministério da Saúde, catalogou uma lista de mais de cem tipos de frutas nativas com potencial de processamento, demonstrando a amplitude de variações e possibilidades para a produção de geléias.
Porém, abrir um negócio de fabricação de doces e geléias não é moleza. Há uma extensa legislação que regula as boas práticas para a produção dos alimentos, além de uma forte concorrência direta e gargalos restritivos para a distribuição e comercialização. Tais dificuldades são compensadas por um elevado consumo per capita de doces e pela fartura de frutas tropicais produzidas no país.

Fonte Sebrae:
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/defina-negocio/ideias-de-negocio/

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