Apresentação do Negócio
Quem nunca recebeu panfletos na rua ou deixados no limpador de pára-brisa do carro com as mais diversas ofertas: “compro jóias”, “amarração para a pessoa amada” ou “crédito fácil sem burocracia”? Apesar de parecer um fenômeno contemporâneo, o negócio de distribuição de folhetos remete à história da propaganda, uma das atividades mais antigas da humanidade. Há 400 anos, a propaganda era realizada basicamente por sermões e discursos de padres da Igreja Católica, com o intuito de captar adeptos e cativar mentes e corações. Com o advento da Revolução Industrial e o surgimento da imprensa, a mensagem publicitária pôde ser transmitida por meio de folhetos e panfletos, que eram distribuídos em ruas de grande movimento.
Hoje em dia, a panfletagem ainda responde por uma grande fatia dos investimentos em propaganda e publicidade. Isto porque a propaganda em veículos de comunicação de massa (televisão, rádio, outdoor, jornal e revista) tornou-se proibitiva para orçamentos mais modestos, devido aos preços cobrados pelos grandes conglomerados de mídia. Um comercial de 30 segundos na televisão, além do exorbitante custo de veiculação, também exige pesados investimentos na produção de vídeo. A elaboração de um spot de rádio demanda investimentos em trilha sonora e locutor. Sem contar que, para a criação de uma peça publicitária de qualidade que não prejudique a imagem da empresa, o anunciante deve contratar uma agência de propaganda para criar e roteirizar o material.
Diante deste cenário de elevação dos custos de comunicação em massa, a distribuição de folhetos apresenta-se como uma alternativa acessível de divulgação para micro e pequenas empresas. Em muitos casos, representa a principal ação de comunicação da empresa. Além do custo relativo mais baixo, esta opção permite uma cobertura geográfica de acordo com a sua área de atuação. Uma lanchonete, por exemplo, só vai divulgar seus produtos em locais (escolas, cruzamentos, praças) próximos, direcionando o esforço de comunicação com mais objetividade. Evita-se o efeito “bala de canhão para matar passarinho”, muito comum no meio publicitário.
Um folheto também é capaz de apresentar mais informações do que uma outra ação de comunicação, limitada a tempo (televisão e rádio) ou tamanho (jornais, revistas, outdoor). Porém, cabe ao anunciante priorizar a mensagem essencial para não poluir demais a peça publicitária e prejudicar o processo comunicacional.
Nota-se, contudo, um certo abuso da panfletagem nos pontos mais movimentados das grandes cidades. Em determinados calçadões e semáforos, a elevada quantidade de pessoas que trabalham na distribuição de folhetos estressa os transeuntes, suja a cidade e acaba por provocar o desinteresse e até o repúdio das pessoas com este tipo de divulgação. O problema é agravado em períodos de campanha eleitoral.
O recrudescimento da violência também é um fator negativo para as empresas atuantes no setor de distribuição de folhetos. Nas cidades mais violentas, as pessoas só transitam com o vidro do carro fechado e recusam qualquer entrega de material publicitário.
Para complicar ainda mais a atuação das empresas do setor, algumas Câmaras de Vereadores já promulgaram leis municipais que proíbem a panfletagem nas ruas da cidade. O intuito é reduzir os gastos da Prefeitura com a limpeza das ruas, devido à sujeira causada pelos folhetos descartados.
Aos novos empresários que desejam atuar no ramo, surge o desafio de superar as dificuldades do setor, reinventar a atividade, promover novas formas de comunicação e aumentar a eficiência da ação mercadológica.
Fonte Sebrae:
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/defina-negocio/ideias-de-negocio/
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