Como Abrir um Negócio

quinta-feira, março 24, 2011

Como Abrir - Montar uma Editora de revista em quadrinhos

Editora de revista em quadrinhos
Apresentação do Negócio
Inicialmente inseridos nas páginas de jornal com o objetivo de incrementar as vendas, as histórias com personagens ilustrados começaram a complementar o prazer da leitura das notícias, ganhando o gosto dos adultos e fazendo a festa da criançada. Com o tempo, as ilustrações foram se desvencilhando das notícias e trilhando um caminho próprio, iniciando um novo gênero narrativo: as Histórias em Quadrinhos, também conhecida pelos aficionados como a “nona arte” ou, simplesmente, HQs.
 
Em 1929, com a criação do marinheiro Popeye e, um ano mais tarde, com o ratinho Mickey, as revistas exclusivamente com histórias em quadrinhos, começaram a ser publicadas, logo tornando populares outros personagens, como o detetive Dick Tracy e o aventureiro do espaço Buck Rogers. Em 1938 uma revolução aconteceu no mundo das HQs. Um alienígena com poderes jamais vistos desembarca na Terra para liderar uma nova legião de personagens: os super-heróis. Escondido sob a personalidade do tímido Clark Kent, Super-Homem, de Joel Schuster e Jerry Siegel tornou-se um mito e referência para as HQs de todos os tempos. Desde então, gerações de leitores têm se divertido com estes e muitos outros personagens dentre eles Tin-Tin, Batman, X-Men, Tio Patinhas, etc. (vide histórico em http://pt.wikipedia.org/wiki/Quadrinhos ).
 
Hoje a criação de personagens de histórias em quadrinhos tornou-se um grande negócio. Não é difícil perceber que muitos personagens extrapolaram as páginas dos gibis, sendo reproduzidos em materiais escolares, artigos de decoração, estamparias, animações e muitas outras mídias, gerando royalties para seus criadores. 
 
Apesar de todos os meios digitais disponíveis atualmente as revistas em quadrinhos continuam com sua incrível capacidade de entreter e educar. Hoje as HQ´s são também excelente aliadas dos professores, incentivando novos leitores para o hábito da leitura de livros e auxiliando a educação de jovens e adultos, como por exemplo através de cartilhas de orientação à vacinação, segurança e medicina do trabalho, programas de conscientizarão ambiental e muitas outras formas.
 
Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.
 

Editora de revista em quadrinhos
Mercado
Conforme comentário postado no blog especializado em quadrinhos UOL Jovem, vide http://blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br, baseado em comparação feita em 2007, entre o mercado atual de quadrinhos e aquele existente em 1967, podemos perceber que o mercado brasileiro de HQ’s passou por significativas transformações nos últimos 40 anos. O trabalho realizado por um grupo de pesquisadores da Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo, revelou que neste período o mercado brasileiro vivenciou uma diversificação dos canais de vendas, a entrada de novas editoras e o ingresso de novas gerações de criadores, editores e leitores. Além disso, os mangás e manhwás, nomes como são conhecidos, respectivamente, os quadrinhos japoneses e sul-coreanos ganharam espaço, dentre muitas outras transformações, conforme detalhes abaixo:
 
Bancas
-O número de títulos regulares lançados nas bancas em 2007 foi menor se comparado com o levantamento anterior.
-Houve uma média de 121 publicações regulares entre agosto e novembro de 1967.
-O levantamento de 40 anos atrás incluiu fotonovelas como um dos gêneros dos quadrinhos. Essas histórias eram publicadas em revistas voltadas ao público feminino, como “Capricho” e “Contigo”, e representavam 15,7% dos lançamentos.
-Em 2007, que não registra mais fotonovelas, a média foi de 84 títulos regulares. Esse número, no entanto, aumenta se forem somadas as publicações não regulares, como álbuns, minisséries e revistas sem periodicidade fixa. Nesse outro cenário, 2007 registra média de 110 títulos.
 
Editoras
-Há mais editoras hoje atuando nas bancas do que há 40 anos.
-São pelo menos 11 em 2007, contra dez na época da primeira pesquisa.
-Hoje, investem no setor as editoras Abril, Conrad, Globo, JBC, Lumus, Mythos, Panini, Pixel, New Tokyo, On-Line e LB3. Esse número, entretanto, é maior. Há outras editoras, como HQM, L&PM e Devir, que mantêm títulos esporadicamente em algumas bancas de grande porte.
-Há 40 anos, as editoras eram Ebal (Editora Brasil-América Ltda.), Rio Gráfica Editora, O Cruzeiro, Vecchi, Bloch, Abril, La Selva, Novo Mundo, Taika e Graúna.
-Abril e Rio Gráfica (esta rebatizada de Globo) foram as únicas que se mantiveram no mercado de quadrinhos nesse período.
 
Material estrangeiro
-Segundo a pesquisa feita em 1967, 70% das obras vendidas nas bancas tinham material estrangeiro.
-Esse número, hoje, é maior. 84,1% das revistas de banca têm conteúdo importado de outros países, principalmente Estados Unidos e Japão.
-as 15,9% revistas com histórias nacionais, todas são infantis.
 
Troca de gêneros
- Terror e fotonovela, dois gêneros com títulos regulares em 1967, sumiram das bancas em 2007.
-As fotonovelas, em especial, representavam as maiores vendagens da época. A recordista era a “Capricho”, com tiragem média de 461.776 exemplares.
-A título de comparação, a revista infantil de maior tiragem era “Mickey”: média de 334.508 exemplares por mês.
-No lugar do terror e da fotonovela, há presença em 2007 dos mangás e manhwás. Os mangás e manwás representaram entre agosto e dezembro de 2007 18,6% dos quadrinhos regulares e não-regulares vendidos em bancas.
 
Tiragem
-Não há dados oficiais ou confiáveis hoje sobre tiragem de quadrinhos no Brasil. Por isso, não foi possível fazer uma comparação entre os dois períodos. Mas é possível perceber alguns sinais de que as vendas são menores.
-A revista de “Recruta Zero” tinha, em 1967, tiragem de 75 mil exemplares/mês.
-Em dezembro de 2006, a editora Mythos recolocou a revista no mercado. A publicação foi cancelada meses depois por falta de compradores.
-Outro dado são as revistas Disney. Quatro delas, “Mickey”, “Tio Patinhas”, “Pato Donald” e “Zé Carioca” (as duas últimas quinzenais), somavam quase 1,114 milhões de exemplares.
-Estima-se que hoje a única franquia que faça frente a esses números seja a dos personagens criados por Mauricio de Sousa. O desenhista e empresário publica mais que o dobro de títulos do que a Disney apresentava há 40 anos. A média é de oito revistas mensais e duas bimestrais. Segundo a assessoria da Panini, que edita a Turma da Mônica, houve neste ano crescimento de 12% das vendas em relação a 2006, quando as revistas eram publicadas pela Globo.
 
Ampliando o escopo da pesquisa, outras diferenças foram observadas em relação a 1967:
 
* Hoje há pelo menos 24 editoras que trabalham especificamente (Panini, Conrad) ou parcialmente (Companhia das Letras, Jorge Zahar) com quadrinhos.
* As bancas continuam sendo o principal ponto de venda. Representam, em 2007, 88% do mercado (se desconsiderada a internet).
* Apesar disso, a maioria das editoras (70,8%) investe em livrarias, que representam 12% do setor. Algumas, como a Panini e a Conrad, vendem tanto em livrarias quanto em bancas.
* A presença nas livrarias diversificou os gêneros de títulos lançados hoje no país, de jornalismo em quadrinhos a adaptações literárias. A ida às livrarias também tem conseguido chamar a atenção de um leitor adulto, com maior poder aquisitivo.
* Livrarias, internet e lojas especializadas em quadrinhos representam novos pontos de venda de quadrinhos, inexistentes em 1967. A editora gaúcha L&PM tem feito parcerias com farmácias também.
* A média de lançamentos entre bancas e livrarias é de 125 títulos por mês (contra 121 nas bancas em 1967, que não levava em conta os títulos não-regulares). O número aumenta se forem consideradas as revistas independentes (que tem média de três a quatro publicações por mês). É bem possível que haja hoje mais quadrinhos publicados do que há 40 anos.
* A Panini é a editora que mais publica quadrinhos no país. De cada dez lançamentos, seis são da editora multinacional. A presença da Panini no Brasil – a editora começou a investir em quadrinhos no país no início do século – mudou o mercado nacional, principalmente o de bancas, que registrava anos atrás um interesse editorial visivelmente menor.
* Super-heróis são o gênero que tem mais títulos lançados no Brasil. Representam média 24,5% dos títulos regulares publicados entre agosto e novembro de 2007. Essa fatia do mercado aumenta se forem considerados os álbuns e minisséries (tidos como não-regulares). Revistas exclusivamente Infantis representam 23,5% das publicações.

Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
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