Como Abrir um Negócio

sexta-feira, janeiro 06, 2012

Como Abrir - Montar uma empresa de Software para loja virtual

Software para loja virtual
Apresentação do Negócio
As lojas virtuais surgiram durante a década de 1990 e hoje desempenham um papel estratégico para qualquer negócio na internet. Embora toda loja virtual seja um web site, nem todo site web pode ser considerado loja virtual. Na prática, lojas virtuais são plataformas de interação entre usuários que dispensam as presenças físicas do comprador e do vendedor, geralmente acopladas à página principal da empresa,
 
Comprar online não requer manuseio de papel-moeda e nem a existência física do produto no momento da transação comercial. Lojas virtuais são sites de e-commerce onde o cliente escolhe o produto ou serviço, coloca-o no carrinho de compras e passa no caixa para realizar o pagamento, num processo totalmente on-line.
 
A decisão de compra vai depender da qualidade da loja virtual em transmitir informações precisas ao comprador, além da confiabilidade, segurança e facilidade de navegação. Para tanto, os produtos precisam interessar ao visitante e serem ofertados a um preço justo.
 
A plataforma virtual engloba tanto a frente de loja que o usuário irá acessar para realizar suas compras quanto à ferramenta de gestão para o lojista administrar o dia-a-dia. Este software também será responsável por apresentar os produtos aos usuários e colocar à disposição deles os meios de pagamento. Quanto mais opções, melhor para os clientes.
 
O correto funcionamento de uma loja virtual - 24 horas diárias durante 365 dias por ano - dependerá também de um bom provedor de serviços de hospedagem. O lojista precisará atrair imensa quantidade de visitantes porque a taxa de conversão destes em clientes é pequena, geralmente em torno de 1%. Significa dizer que a loja virtual necessitará de mil internautas para fechar uma dezena de vendas.
 
Em sua maioria, o software para loja virtual se encaixa num dos seguintes modelos:
 
- Aluguel de licença:as empresas desenvolvem uma plataforma padrão e comercializam a licença de uso em troca do pagamento de mensalidade. Ela pode ser fixa ou variar conforme o número de produtos cadastrados, páginas exibidas (page views) ou taxa de consumo de banda no servidor onde a loja ficará hospedada. Esses critérios quase sempre são cumulativos. O lojista pagará também a instalação (ou set-up) do software.
 
- Venda de licença de uso: semelhante ao modelo de aluguel, mas não possui mensalidade. Da mesma forma que nas plataformas de aluguel, a propriedade do código-fonte pertence à empresa que o desenvolveu. Ajustes e melhorias pretendidas pelo lojista devem ser realizados exclusivamente pelo desenvolvedor.
 
- Código aberto: os códigos-fonte encontram-se disponíveis gratuitamente na internet. O lojista poderá contratar uma empresa especializada na plataforma de código aberto escolhida para adaptá-la ao seu negócio
 
Em geral, softwares que permitem criar uma loja virtual no site da empresa apresentam, entre outras, as seguintes funcionalidades:
 
- Administração via internet: dispensa downloads. O lojista acessa apenas o painel administrativo de sua loja virtual.
 
- Cadastro de clientes: banco de dados que reúne informações relativas à clientela da loja, tais como dados pessoais, endereço, comentários, data de criação da conta, número de visitas, data do último acesso, compras realizadas. A ferramenta possibilita ao lojista diversas maneiras de se pesquisar no banco.
 
- Configuração de frete: determina as modalidades de frete que a loja irá utilizar, bem como os respectivos valores, em percentuais, para cada entrega. O lojista poderá trabalhar com Sedex, Sedex 10, Sedex a cobrar, Encomenda Normal, Carta Registrada e Entrega Local.
 
- Configuração das formas de pagamento: estabelece as formas e o desconto para cada uma. As principais são: Depósito Bancário, Boleto Bancário, cartões Visa, Mastercard e Diners e PagSeguro.
 
- Editor de texto: cria e modifica o descritivo de apresentação da loja. Permite ao lojista inserir imagens, fazer colagens de um texto já montado e formatar fontes e cores.
 
- Controle de usuários: estabelece níveis de permissão de acesso aos departamentos da loja virtual – administração, chat online, etc. Registra o histórico de acessos e atendimentos.
 
- Limite de crédito: define o limite que cada cliente terá para compra faturada, assim como o prazo e a quantidade de parcelas a serem pagas. Se o limite for excedido, o cliente será avisado.
 
- Cadastro de categorias: organiza a loja em níveis (por exemplo: sessão, categoria e subcategoria), facilitando ao cliente encontrar o que procura.
 
- Cadastro de produtos: insere informações importantes do produto tais como fotografias, modelo, fabricante, características técnicas, detalhes de funcionamento, garantia.
 
- Controle de estoque: realiza a baixa automática dos itens vendidos.
 
- Gerenciamento de anúncios: atualiza automaticamente o arquivo XML dos produtos que estão sendo anunciados na própria loja virtual e nos sites definidos pelo lojista.
 
- Cupom de desconto: define o valor ou percentual para cada produto; indicado para campanhas promocionais.
 
- Envio de newsletter: remete o material promocional para clientes cadastrados diretamente da administração da loja virtual.
 
- Controle de estatísticas: permite verificar informações sobre os acessos à loja virtual – data, hora, páginas mais acessadas, localização dos internautas que entraram na loja, etc.
 
- Controle de vendas: fornece informações referentes às transações efetuadas, tais como data da compra, dados de entrega, pagamento, descrição dos produtos. Também possibilita ao lojista definir status do pedido, enviar mensagens ao cliente e imprimir relatórios,
 
- Relatórios gerenciais: gera informações sistematizadas sobre clientes, vendas, desempenho individual dos produtos, faturamento, lucro, etc. Os mais avançados estão integrados às ferramentas de e-commerce Google Analytics, Omniture, Webtrends e outras.
 
- Back up: permite ao lojista fazer cópias de segurança em seu próprio computador, bem como restaurar toda a estrutura do banco de dados da loja virtual.
 
- Tradução e conversão de moeda: realiza a versão automática do conteúdo do site para os idiomas Inglês e Espanhol,conforme o IP do computador do cliente. Também faz a conversão de moedas (Euro, Dólar e Real), permitindo assim a comercialização de produtos e serviços para diversos países.
- Pesquisa de preços: integra o catálogo de produtos e serviços da loja virtual aos principais portais de comparação de preços do mercado – Buscapé, UOL, BOL, Zura, etc.
Clonagem da loja, invasão de sistemas e acesso a informações sigilosas são alguns dos problemas que ocorrem com maior freqüência em lojas virtuais. O desenvolvedor poderá evitá-los por meio da certificação do site, criptografia de dados e outras medidas de segurança que a tecnologia possibilita.
 
Em 2010, chegaram ao Brasil as primeiras lojas virtuais no modelo “one page shop”. Sem a necessidade de preenchimento de cadastro prévio, o consumidor escolhe o produto desejado e, para concluir a compra, informa na mesma página apenas CPF, nome, telefone e endereço de entrega.
Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.

Software para loja virtual
Mercado
Aquecimento da economia interna, abertura de crédito, elevação do poder de compra e do nível de renda dos consumidores. Neste cenário promissor, o comércio varejista brasileiro fechou 2010 com faturamento real superior a R$ 100 bilhões, informou a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo.
Já o comércio eletrônico no Brasil – conhecido também como e-commerce ou comércio virtual - movimentou R$ 15 bilhões em 2010, valor 40% superior aos R$ 10,8 bilhões registrados em 2009, conforme dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net).
Fatores como melhoria da segurança online, expansão do setor de viagens e turismo e avanços nas áreas de logística e telecomunicações impulsionam o e-commerce nacional, que possui hoje mais de 23 milhões de adeptos. O custo mínimo de uma loja virtual completa – que inclui software, instalação, personalização, homologação de pagamentos e treinamento – chega a R$ 4 mil no mercado brasileiro hoje.
O comércio virtual ainda é restrito aos jovens adultos com maior poder aquisitivo. Segundo o Ibope Mídia, 61% dos consumidores brasileiros que fazem compras on-line são na classe AB, enquanto 35% são da classe C e 4%, da classe DE. Ao contrário do que pode sugerir a crença popular, os homens (54%) compram mais do que as mulheres (46%) na internet.
 
Outra característica do e-commerce nacional tem sido sua concentração na Região Sudeste do país. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro reúnem 37% dos clientes de lojas virtuais. O gasto médio mensal desses consumidores é R$ 118. Na lista dos produtos preferidos estão livros e assinaturas de revistas e jornais (30%), telefones e acessórios para celulares (20%), eletrodomésticos (18%), produtos de tecnologia pessoal (17%) e artigos de vestuário (5%).
O pico de vendas na internet ocorre geralmente durante o período de festas natalinas. Em 2010, cerca de R$ 2,2 bilhões em bens de consumo foram vendidos entre os dias 15 de novembro e 24 de dezembro – o equivalente a seis milhões de transações virtuais. De acordo com a consultoria e-bit, especializada em varejo online, a cifra representa um acréscimo de 40% em relação ao mesmo período de 2009, quando o faturamento atingiu R$ 1,6 bilhão.
As lojas virtuais também avançaram em países da América Latina, principalmente durante o biênio 2007/2009. Estudo realizado pela empresa América Economia Intelligence revelou que o comércio virtual no subcontinente cresceu 39%, em média. O Brasil aparece em posição privilegiada: responde por 60,8% do consumo online total da região, seguido por México (12%) e Chile (5%). 
Software para loja virtual
Estrutura
Ainda que o principal canal de vendas seja a internet, a oferta de serviços de desenvolvimento de software para criação de loja virtual requer uma pequena estrutura física.
A área deve ser suficiente para abrigar a instalação de cadeiras, mesas ou estações de trabalho, estantes ou armários para guardar livros e outros materiais de consulta. O local deve ser dotado de energia elétrica e banda larga para acesso à internet. 
Software para loja virtual
Pessoal
Além do dono, que deve possuir sólidos conhecimentos em e-commerce, apenas dois funcionários são suficientes para a empresa começar a operar – um profissional de TI (tecnoIogia da informação) especialista em desenvolvimento de software e um especialista em varejo e finanças.
É recomendável que o empreendedor organize um cadastro de profissionais autônomos capacitados em marketing digital, logística e em diferentes áreas de TI como web design, acessibilidade, redação para web (webwriting), segurança de sistemas, entre outros. Dependendo do volume e especificidade da demanda, eles poderão ser contratados a qualquer tempo para trabalhar em rede. Fornecedores especializados em equipamentos e softwares de automação comercial, assim como prestadores de serviços de suporte e integração de sistemas, também devem fazer parte desse cadastro.
No início das operações, o ideal é que o empreendedor contrate serviços terceirizados e execute, ele próprio, a gestão administrativo-financeira. Sempre que possível, deve participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao seu ramo de negócio para manter-se atualizado com as tendências do setor.
 
Raciocínio lógico, bom senso e criatividade para encontrar as melhores soluções são características essenciais ao profissional de TI, além de visão sistêmica, capacidade analítica, facilidade de interação e integração com clientes. Predisposição às mudanças e ao aprendizado constante também são fundamentais. Boa comunicação, liderança, atualização tecnológica e domínio do Inglês completam o perfil deste profissional.
Espera-se do especialista em varejo e finanças que aporte ao negócio sua experiência em logística, operações, atendimento ao cliente, análise e gestão de projetos, contabilidade financeira, planejamento tributário, controladoria, entre outras. São ainda requisitos para este profissional: responsabilidade, senso de organização, agilidade e flexibilidade para negociação de preços de produtos e serviços, capacidade de planejar, executar e controlar estratégias comerciais e financeiras.
 
Autônomos
Uma das principais dúvidas dos empreendedores diz respeito à contratação de pessoas físicas (profissionais autônomos) ou jurídicas (empresas) para prestação de serviços sem vínculo empregatício.
A fim de diminuir os encargos sociais, as empresas buscam a “terceirização”. No entanto, é fundamental estar atento ao tipo de atividade que pode ser terceirizada.
Não é possível contratar terceiros para realizarem serviços relacionados às atividades que justificaram a criação da empresa. A contratação pode abranger atividades intermediárias da contratante, desde que não haja relação de emprego entre as partes. Ou seja, a relação entre contratante e contratado não pode ser como aquela existente entre patrão e empregado, caracterizada pelos elementos de subordinação, habitualidade, horário, pessoalidade e salário.
Vantagens da contratação de serviços de terceiros:
·          Mais participação dos dirigentes nas atividades-fim da empresa.
·          Concentração dos talentos no negócio principal da empresa.
·          Maior facilidade na gestão do pessoal e das tarefas.
·          Possibilidade de rescisão do contrato conforme as condições preestabelecidas.
·          Controle da atividade terceirizada por conta da própria empresa contratada.
Desvantagens que este tipo de contratação pode acarretar:
·          Sofrer autuação do Ministério do Trabalho e ações trabalhistas em caso de inobservância das obrigações mencionadas no item acima.
·          Fiscalização dos serviços prestados para verificar se o contrato de prestação de serviços está sendo cumprido integralmente, conforme o combinado.
·          Risco de contratação de empresa não qualificada.
Antes da contratação, recomenda-se verificar se o pessoal disponibilizado pela empresa terceirizada consta como registrado, e se os direitos trabalhistas e previdenciários estão sendo respeitados e pagos. 
Software para loja virtual
Equipamentos
Os seguintes equipamentos são necessários para a montagem de uma empresa de desenvolvimento de software para loja virtual:
-microcomputadores com acesso à internet em alta velocidade;
- notebooks
- modens para conexão à internet via rede móvel 3G;
- impressora multifuncional;
- linha telefônica;
- móveis e utensílios de escritório;
 
Convém que o empreendedor busque informações junto aos fabricantes para conhecer o tempo médio de obsolescência dos equipamentos. Assim, ele poderá realizar a análise de custo-benefício para sua aquisição (se novos ou usados), bem como planejar a reposição quando necessária.
 
Fornecedores:
 
Apple
Associação Linux Brasil
Casas Bahia
 
CTIS Digital
 
Dell
 
Etna Móveis
 
Extra
 
Fnac
 
Free Software Foundation
 
Giroflex
 
Hewlett-Packard (HP)
 
IBM
 
Lojas Americanas
 
Magazine Luiza
 
Marelli Ambientes Racionais
 
Microsoft
 
Ponto Frio
 
Positivo Informática
 
Submarino
 
Tok&Stok
 
Walmart
Software para loja virtual
Investimentos
Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento em que ele se torna autossustentável. Pode ser caracterizado como:
- investimento fixo: engloba o capital empregado na compra de imóveis (se for o caso), equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas, veículos;
- investimentos pré-operacionais: são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisa de mercado, registro da empresa, decoração, honorários profissionais e outros.
 
O investimento varia de acordo com o porte do empreendimento. Uma microempresa de desenvolvimento de software para loja virtual, estabelecida em uma área de 20 m² na residência do empreendedor, exige um investimento inicial estimado em R$ 14.000,00, a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:
- Adequação do local e compra de mobiliário: R$ 2.000,00
- Equipamentos: R$ 8.000,00
- Abertura da empresa e divulgação inicial: R$ 4.000,00
 
As informações aqui prestadas servem apenas como referência, a partir de um exemplo hipotético. Os valores acima irão variar conforme a região geográfica que a empresa irá se instalar, necessidade de reforma do imóvel, tipo de mobiliário, etc. Para uma informação mais apurada sobre o investimento inicial, sugere-se que o empreendedor utilize o modelo de plano de negócio disponível no SEBRAE.
  
Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

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