Como Abrir um Negócio

segunda-feira, agosto 22, 2011

Como Abrir - Montar uma Produtora cultural

Produtora cultural
Apresentação do Negócio
O Brasil tem uma imensa e variada gama de manifestações de cultura popular. Elas refletem a maneira de ser, agir, pensar e se expressar dos diferentes segmentos de nossa sociedade, expressas através da música, dança, artesanato, teatro, filmes, festas populares (urbanas, rurais, regionais, etc.) e muitas outras formas.
 
A crescente demanda por produtos culturais, resultante da evolução da tecnologia digital, dos meios de comunicação e entretenimento, tem favorecido a geração de novas criações culturais, por artistas anônimos e criadores profissionais, que fazem da criação cultural sua atividade principal.
 
Outros grandes agentes da política cultural do país são as instituições culturais (museus, centros culturais, galerias e demais instituições públicas ou privadas que tem por finalidade a organização de atividades relacionadas à cultura) e que necessitam de recursos humanos, materiais e financeiros para realizar seus projetos (exposições e apresentações culturais).
 
No mesmo sentido, o Estado, reforça o seu papel na política cultural do país, como planejador, produtor e avaliador dos impactos de sua política na sociedade, atuando de forma direta ou indireta, através de incentivos fiscais e financiamentos de projetos prioritários.
 
Neste contexto, cabe ao produtor cultural orientar criadores e instituições culturais, interpretando a política cultural do país, possibilitando que os produtos culturais venham a enquadrar-se nas políticas de financiamento do Estado.
 
Além disso, produtores culturais podem atuar diretamente na produção de projetos de caráter cultural, correndo os riscos inerentes ao negócio, exatamente como acontece com outras atividades empresariais.
 
Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.
 
Produtora cultural
Mercado
Segundo o ex-Ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil e a coordenadora do Prodec (Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura), Paula Porta, no artigo Economia da Cultura, publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 03 de fevereiro de 2008, a produção cultural brasileira, além de sua relevância simbólica e social é capaz de gerar desenvolvimento.
 
Dados do IBGE revelam que a chamada “economia da cultura”, do país, possui indicadores expressivos: as 320 mil empresas do setor geram 1,6 milhões de empregos formais e representam 5,7% das empresas do país. A cultura é o setor que melhor remunera - sua média salarial é 47% superior à nacional.
 
Para Gil, o Brasil tem evidente vocação para tornar a economia da cultura um vetor de desenvolvimento qualificado, em razão de nossa diversidade e alta capacidade criativa. Segundo o ex-Ministro, temos importantes diferenciais competitivos, como a excelência dos produtos, a disponibilidade de profissionais de alto nível e a facilidade de absorção de tecnologias, além de um mercado interno forte, no qual a produção nacional tem ampla primazia sobre a estrangeira - a música e o conteúdo de TV seriam exemplos disto, aonde o predomínio chega a 80%, ainda com oportunidades de ampliação de mercados.
 
A economia da cultura, que envolve produção, circulação e consumo de produtos e serviços culturais, já responde por 7% do PIB mundial. Os produtos culturais são os principais itens da pauta de exportações dos Estados Unidos e na Inglaterra representam 8% do seu PIB.
 
Um de seus fortes ativos é a propriedade intelectual, mas segmentos dinâmicos, como festas e artesanato, não são baseados em patente ou direito autoral. O setor depende pouco de recursos esgotáveis e tem baixo impacto ambiental. Gera produtos com alto valor agregado e é altamente empregador. Seu desenvolvimento econômico vincula-se ao social pelo seu potencial inclusivo e pelo aprimoramento humano inerente à produção e à fruição de cultura.
 
A tecnologia digital criou novas formas de produzir, distribuir e consumir cultura e, com elas, surgem novos modelos de negócio e de competição por mercados, nos quais a capacidade criativa ganha peso em relação ao porte do capital.
 
Vide a integra do artigo disponível em: http://www.cultura.gov.br/site/2008/02/03/economia-da-cultura-2/. Acesso em: 8 de abril de 2009.
 
Como Abrir - Montar uma Produtora cultural
Estrutura
A estrutura requerida para se iniciar um negócio como este é bem simples, podendo a atividade ser desempenhada a partir da própria residência do empreendedor ou de uma sala comercial de aproximadamente 30 m², com o auxílio de um computador com internet, website próprio e linha telefônica.
 
Produtora cultural
Pessoal
Empresas culturais são caracterizadas pela flexibilidade e ausência da divisão de trabalho, típico de uma organização tradicional. A multi-atividade dos empresários culturais, acostumados a fazer um pouco de tudo, desde assinar contratos a fazer marketing, e a maneira como se organiza o trabalho tornam essas empresas diferenciadas, exigindo do empreendedor flexibilidade e visão generalista.
 
Em geral, o próprio empreendedor, sozinho, ou com o auxílio de um assistente, pode realizar o trabalho de produção. Serviços mais complexos podem envolver a necessidade de especialistas e, ou, maior número de profissionais.
 
Observação: Embora a multi-atividade seja uma característica do setor, o empreendedor deve buscar o auxílio de profissionais especializados para as tarefas acessórias, mas que requeiram habilidades especificas tais como: contabilidade, questões jurídicas e outras, necessárias à administração do negócio.
 
Produtora cultural
Equipamentos
Em geral, o trabalho de produção cultural é uma prestação de serviço, que não envolve o uso de equipamentos específicos para o exercício da atividade. O trabalho requer apenas o uso de computador, impressora, fax, telefone etc., equipamentos estes, necessários às tarefas administrativas associadas à atividade.
 
Como Abrir - Montar uma Produtora cultural
Investimentos
A estrutura do empreendimento e os serviços ofertados são variáveis, o que podem fazer variar o valor necessário para o investimento. Por esta razão sugerimos a elaboração de um Plano de Negócio, onde os recursos necessários, em função dos objetivos estabelecidos, poderão ser determinados. (vide modelo disponível em: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-umnegocio/integra_bia?ident_unico=1440).
 
O investimento inicial compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser divididos em:
- investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas, registro da empresa, honorários profissionais e outros;
- investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas etc.;
- capital de giro inicial – é o capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destinam-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de contador, dentre outros gastos.
 
Para uma produtora cultural de pequeno porte, estimamos que o empreendedor terá que dispor aproximadamente de R$ 25.000,00 para fazer frente aos seguintes itens de investimento:
- despesas de registro da empresa, honorários profissionais, taxas etc. - R$ 2.500,00;
- montagem e aparelhamento da agência – R$ 10.000,00;
- Desenvolvimento de website e material promocional da empresa – R$ 2.500,00;
- capital de giro para suportar o negócio nos primeiros meses de atividade – R$ 10.000,00.
  
 Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

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