Como Abrir um Negócio

quarta-feira, agosto 03, 2011

Como Abrir - Montar um Parque de diversão

Parque de diversão
Apresentação do Negócio
A busca pelo lazer é um fenômeno relativamente recente, tendo surgido com a Revolução Industrial. Com o passar do tempo e o desenvolvimento de novas tecnologias, teve seu escopo voltado para o consumo e mercantilização do tempo livre.
Trata-se de um produto de uma indústria de serviços vendido na maioria das vezes para o público em massa. (Taschner, 2000) Neste sentido, o mercado brasileiro encontra-se em crescente expansão, pois além de possuir uma grande população, cada vez mais as pessoas procuram por atividades de diversão e distração. Além disso, envolve não só o tempo livre, mas o tempo com o outro, em que há interação presencial ou virtual com outras pessoas de diferentes idades e classes sociais.
De acordo com Lopes (2001), este público cresceu cerca de 25% somente no ano de 2000. Porém, o mercado de parques de diversão encontra ainda uma barreira já que a maioria dos equipamentos e brinquedos é importada, sendo estes a principal atração do negócio.
Existem diferentes modalidades desses empreendimentos de lazer, sendo os mais comuns os seguintes:
• Aquáticos
• Indoor ou Shoppings
• Temáticos
O público da ideia de negócio de parques de diversão é bastante diversificado e numeroso. Apesar de sua maioria ser composto por estudantes – crianças e adolescentes – a depender das atrações, qualquer faixa etária terá interesse e é um potencial consumidor. Essa característica traz para o futuro empreendedor um mercado de consumidor bastante variado em busca de diversão.
Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?

Parque de diversão
Mercado
3.1 Mercado Consumidor
O consumo de lazer pode ser realizado por qualquer tipo de pessoa, seja do sexo feminino ou masculino, idosa, jovem, crianças ou adultos. Nesse sentido, o mercado consumidor de um parque de diversões pode ser toda a população de um país. No caso do Brasil, onde há mais de 190 milhões de habitantes, haveria um público potencial bastante elevado.
Porém, como há casos onde a restrição orçamentária pode influenciar no consumo de artigos de lazer, a População Economicamente Ativa (PEA) pode ser considerada como o público potencial desta ideia de negócio, estimando-se algo em torno de 24 milhões brasileiros. (IBGE, 2010)
O setor de entretenimento é um setor que movimenta elevados montantes de dinheiro, dentre os quais o de parque de diversões pode ser considerado como o terceiro em ordem de grandeza. Somente no ano de 2010 o setor movimentou cerca de R$ 800 milhões, para um público visitante de aproximadamente 28 milhões de pessoas. Isto representa uma média de faturamento da ordem R$ 28,00 por pessoa.
Quando se trata do mercado específico de parques de diversão, o faturamento estimado foi da ordem de R$ 128 milhões, ou 16% do total do setor, com um público de mais de 5 milhões de pessoas. (ADIBRA, 2009)
Assim, caberá ao futuro empreendedor analisar o cenário na qual pretende instalar o seu negócio, verificando a quantidade de público disponível e a concorrência no local.
3.2 Concorrência
Como visto anteriormente, a ideia de negócio de parque de diversões apresenta um alto faturamento, porém é um setor onde a concorrência irá variar de acordo  com o porte do empreendimento, com as atrações que estão disponíveis e a localização e acesso ao público.
Essa informação foi confirmada pela pesquisa encomendada pela ADIBRA (2009), que  indicou que apenas 31% dos brasileiros afirmaram ir a parques de diversões, enquanto que 48% vai a bares e restaurantes, 47% vai a shoppings, 37% viaja nos fins de semana e 32% vai a shows.
Segundo dados da ADIBRA, há cerca de 195 grandes atrações turísticas no Brasil, sendo 11 parques temáticos, 22 aquáticos, 27 móveis, 30 de diversões e 105.
Áreas de Entretenimento Familiar. Todos considerados como potenciais concorrentes dos parques de diversões.
Para um novo empreendedor que pensa em investir nesse ramo de atividade, é interessante avaliar as tendências dos consumidores para verificar quais os principais produtos consumidos, identificar nichos específicos de mercado como diferentes tipos de brinquedos, atrações e qualidade para se diferenciar de potenciais concorrentes.
Quando se adiciona uma atração de peso, a visitação tende a crescer de 7 a 11%. Em termos mercadológicos, devem fazer parte do mix a venda de pacotes para aniversários, formaturas, empresas, escolas, enfim, é preciso usar a criatividade para se antecipar às necessidades dos clientes. (LOPES, 2001)
Exemplos de forte concorrência desse segmento são os parques como o Playcenter, Hopi Hari, Beach Park e Beto Carrero World, isso sem contar os parquesinternacionais, como a Disney.
Contudo, ainda há espaço para que empresários se aventurem nesse setor considerado promissor, pois a população brasileira tem crescido cada vez mais,acompanhada de um aumento no poder aquisitivo, impulsionando o consumo por produtos de lazer. Entretanto, a busca por nichos específicos, localizações aindanão exploradas e públicos distintos irá definir o sucesso e perpetuidade do negócio
3.3 Fornecedor
Como visto até o momento, existe um mercado em franco crescimento com potenciais concorrentes à vista. Mas nada adianta estabelecer uma empresa se não houver  fornecedores para tal.
O fornecimento de equipamentos e máquinas para este tipo de atividade é bastante restrito, dificultando a aquisição de mercadorias. Ademais, destaca-se que cerca de 30% a 40% dos brinquedos são importados, aumentando o custo com aquisição, manutenção e transporte.
Assim, pode-se dizer que o mercado fornecedor para um parque de diversões é bastante restrito e, por isso, o futuro empreendedor para evitar problemas deve buscar fornecedores confiáveis e com produtos de melhor qualidade. Ainda mais por se tratar de um equipamento que pode causar acidentes fatais, quando não realizada a manutenção necessária.
 
Parque de diversão
Estrutura
Diversos são os fatores que influenciam na estrutura de um parque de diversões, porém nenhum é mais relevante do que o empresário ter em mente qual será a quantidade de atrações e a dimensão do público que deseja atingir. Toda a necessidade de estrutura será efetuada com base nessa capacidade inicial esperada.
Contudo, alguns aspectos sempre devem ser levados em consideração, tais como otimização dos espaços, área para ampliação futura e que as instalações higiênicas sejam em locais específicos, bem como haja controle sobre insetos e outros tipos de pragas.
A estrutura deve compor diversas áreas como praças de alimentação, sanitários suficientes para a dimensão do público estimado, espaços para as atrações e os brinquedos, áreas para estacionamento, primeiros-socorros, administração e alojamento para funcionários descansarem e trocarem de roupa.
Pense também em áreas para manutenção dos equipamentos, armazenagem de peças de reposição, roupas e fantasias.
Vale destacar que ao planejar a disposição dos equipamentos, deve-se estudar a melhor forma de fazer o público percorrer todo o parque de diversão, estimulando o consumido de outros jogos, produtos ou mesmo alimentos, impulsionando o faturamento.
O tamanho para a construção de um parque de diversão de pequeno porte inicia com, pelo menos, 500 metros quadrados de área, podendo chegar, no caso de grandes parques como o Playcenter e a Disney, a cidades inteiras.
Dada a especificidade deste tipo de empreendimento, a segurança é considerada essencial, na medida em que falhas podem ocasionar sérios acidentes.
É altamente recomendável a busca de assessoria especializada na definição deste e outros tópicos quando da elaboração do Projeto final, sendo que a Defesa Civil tem expertise principalmente em questões como evacuação rápida, prevenção de incêndios e todo o aparato de segurança necessário, inclusive vias de acesso ao terreno.

Parque de diversão
Pessoal
A necessidade de pessoal, tal qual o tamanho da infraestrutura, vai depender diretamente da quantidade de atrações, público esperado, dimensão das praças de alimentação e outros requisitos como seguranças, brigadistas, dentre outros. O perfil da mão-de-obra necessária é muito variável, pois há diversas posições e nível de escolaridade exigido para cada atividade.
Segundo a pesquisa da ADIBRA (2009), há no Brasil cerca de 30 empreendimentos deste setor que, em conjunto, empregam cerca de 1800 pessoas. Assim, um empreendimento médio necessita de pelo menos 60 funcionários para atender aproximadamente 176 mil pessoas por ano.
Os perfis dos funcionários irão variar de acordo com o trabalho a ser realizado. Para o gerente o nível mínimo de graduação, sendo sugerida pelo menos uma especialização. Para funcionários como seguranças, brigadistas e enfermeiros, cursos técnicos e habilitações mínimas para exercerem suas profissões. Já para os demais funcionários, exige-se o nível médio completo e certificados em cursos de operação dos brinquedos e atrações disponíveis.
Alguns tipos de serviços podem ser terceirizados, como os de limpeza e de segurança, reduzindo assim os custos com esses profissionais.
É interessante que as pessoas tenham treinamento para uso e conservação de equipamentos de segurança, redução de desperdícios, higiene pessoal, manutenção de equipamentos e do local de trabalho.
Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis.
O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do setor.  O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.
Como o negócio aqui apresentado é altamente influenciado por datas comemorativas, o empreendedor poderá decidir por contratação temporária para esses períodos de maior demanda.
Parque de diversão
Equipamentos
Há diversos tipos de equipamentos que compões um parque de diversões, sendo distribuídos conforme a sua utilização e estão abaixo apresentados:
Brinquedos e atrações:
• Autopista
• Barca pirata
• Cataclisma
• Crazy dance
• Dancing Fly
• Double shock
• Montanha russa
• Roda gigante
• Kamikaze
• Tiro ao alvo
Atendimento aos clientes:
• Banheiros químicos, se for o caso
• Equipamentos para praças de alimentação (restaurantes e lanchonetes)
• Equipamentos para primeiros-socorros
Como este é um tipo de negócio que necessita de bastante planejamento (leva-se em média cinco anos da ideia à inauguração), o futuro empresário deverá pensar na dimensão estimada para analisar quais os principais atrações que irá dispor ao seu público. Ainda mais devido ao fato de muitos deles serem importados, cerca de 30% a 40%, e de alto preço de aquisição e manutenção.
Existe a necessidade de outros equipamentos não destinados à atividade produtiva, mas que devem estar presentes em qualquer das estruturas, pequenas ou medias, que são os computadores, impressoras, telefones, ventiladores, ar condicionado, móveis e utensílios de escritório, dentre outros, voltados para a área administrativa do parque de diversão.  

Parque de diversão
Investimentos
Os investimentos necessários para se estruturar um parque de diversões variam muito conforme o tamanho do espaço físico, as atrações principais e acessóriase os demais serviços oferecidos aos clientes.
As principais atrações para um parque de diversões são os briquedos :
• Autopista
• Barca pirata
• Cataclisma
• Crazy dance
• Dancing Fly
• Double shock
• Montanha russa
• Roda gigante
• Kamikaze
• Tiro ao alvo
O investimento necessário para se estruturar um parque de diversões interno de pequeno porte é de aproximadamente R$ 500 mil. Porém, se o empresário optar  por um parque de grande porte, do tamanho de parques como o Playcenter ou Hopi Hari este valor pode atingir até R$ 25 milhões, dependendo da capacidade de atendimento ao público e do número de atrações.
Cabe ressaltar que boa parte dos equipamentos - 30% - é importada, dificultando assim o acesso a eles. Lopes (2001), afirma que um dos principais cuidados a ser observado para quem deseja entrar no ramo é que a parcela de endividamento não ultrapasse 30% do faturamento, em razão das taxas de juro do mercado brasileiro.
Por possuir uma diversidade de preço e tamanhos muito elevados não foi quantificado o valor do terreno nem da construção civil, sendo esta uma necessidade a  ser pensada de acordo com a localidade aonde será estruturado empreendimento.
 
Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

2 comentários:

Anônimo disse...

ki legal, eu quero muuito mexmo ter um PK de diversões

Miss Tura disse...

Então, o artigo é até legal, mas muito fora da realidade em alguns momentos.

Com R$ 25 milhões você faz algo próximo ao Playcenter, mas somente próximo, e sem considerar terreno. O Hopi Hari custou a 10 anos atrás uma média de R$ 300 milhões, e você cita como média de R$ 25 milhões. Muito fora.

E no momento que cita os brinquedos, também não leva em consideração o público-alvo. O Parque o Mundo da Xuxa é bem infantil, e não teria lógica ter um Cataclisma, por exemplo.