Como Abrir um Negócio

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Qual o futuro das franquias? Quais as Franquias do Futuro? Quais as Franquias mais Modernas? Quais as novidades em franquias?

Qual o futuro das franquias?

A demanda por criatividade tem levado os empresários a explorar terrenos até então desconhecidos e a renovar o conceito de franquia no Brasil

Guardar o código genético dos clientes para futuro tratamento terapêutico, oferecer serviço especializado de troca de lâmpadas ou ainda guardar células epiteliais e reproduzi-las para serem usadas em casos de queimadura são algumas novidades do franchising que estão por vir. “O mercado não agüenta mais o mesmo. Os franqueadores precisam ser bastante ágeis para buscar inovação, não deixar o negócio estagnado e começar a criar nichos”, diz Adir Ribeiro, diretor de Operações e sócio do Grupo Cherto.

Abrir negócios diferentes não é a única forma de inovar. Empresas líderes em seus segmentos também estão apostando em novos serviços para crescer, inclusive com tecnologia de ponta. Um dos exemplos é o da Global Franchise, empresa especializada em franchising que está trazendo negócios inovadores para o Brasil. Um deles é o Banco de Cordão Umbilical. Em operação há três anos no México, a franquia vai oferecer aos clientes brasileiros a possibilidade de guardar seu código genético para tratamento terapêutico.

No momento em que a criança nasce, ao cortar o cordão umbilical é liberado um fluido que leva o código genético do bebê. Esse material contém a solução para diversos problemas que podem se desenvolver ao longo da vida, como leucemia, câncer de fígado, diabetes e outros corrigidos posteriormente com tratamento genético. A vantagem é que a reserva genética não beneficia apenas a criança, são células para três gerações – podem ser utilizadas no tratamento também dos pais e avós.

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O papel do franqueado é atuar nos hospitais para coletar as amostras dos clientes. O material é congelado e mantido no laboratório do franqueador por tempo indeterminado. Depois é acondicionado em uma embalagem especial fornecida pelo franqueador e precisa ser remetido ao laboratório de avião, pois deve ser congelado em até 36 horas, antes que as células se rompam.

“O franqueado pode ser um indivíduo que trabalha junto ao hospital, não precisa ter um laboratório próprio, e o franqueador é o laboratório. É possível, por exemplo, se ele já tem um pequeno laboratório de coleta de sangue na cidade onde mora, utilizar essa estrutura para ser coletor. Mas, de qualquer forma, ele fará a coleta dentro do hospital”, explica Cecília Gonçalves, diretora de Comercialização Internacional da Global Franchise.

A expansão do mercado de biotecnologia e a inovação motivaram a empresa a trazer a franquia. Ainda em fase de captação de investidores para adquirir a concessão da marca, a Global Franchise pretende implantar o laboratório franqueador até o final deste ano. O local ainda não foi decidido, mas, segundo Cecília, será em uma capital de grande circulação. A expectativa é de crescimento astronômico nos próximos anos. “A primeira meta é ter, no mínimo, uma franquia por capital. Depois, você pode quantificar o padrão de expansão pensando em quantos hospitais existem no País. Poderemos ter um franqueado para cada hospital particular, ou público-particular”, prevê Cecília.

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O investimento é de US$ 120 mil por franquia. A implantação do laboratório vai custar mais US$ 600 mil. A projeção é recuperar o investimento em quatro anos. “Ainda são proibidos no País os tratamentos com células-troncos, mas com o Banco de Cordão você garante a sua própria célula-tronco. Este poderá ser um presente de um avô para um neto e que beneficiará outros membros da família”, conta Cecília.

A coleta de material genético do cordão umbilical já é feita no Brasil, porém as amostras são guardadas em bancos públicos, como o existente no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde o material serve para qualquer pessoa que tenha compatibilidade. Com a franquia, o cliente – que paga a extração e uma anuidade para manter seu material no Banco de Cordão – tem a vantagem de utilizar as próprias células no tratamento, eliminando qualquer risco de rejeição. Ao comprar o serviço, o cliente guarda seu material no banco privado, onde só ele pode movimentar suas células, e dedica uma parte ao banco público. Segundo as perspectivas da Global Franchise, todas as crianças que nascerem terão, futuramente, suas amostras públicas e privadas.

Banco de pele

Antes mesmo de fundar o Banco de Cordão, franquia inédita no País, a Global Franchise já pensa em futuras inovações. O próximo passo da empresa é criar um banco de pele para guardar células epiteliais e reproduzi-las para serem usadas em casos de queimadura. O serviço já existe no México e nos Estados Unidos. Para Cecília, o sucesso das franquias inovadoras se baseia na transformação pela qual o público consumidor está passando. “As cafeterias crescem muito porque, além dos produtos, oferecem conforto. As livrarias reduziram o tamanho para que as pessoas se sintam mais aconchegadas. O foco não é apenas o produto, mas o serviço de bem-estar que você presta, e o mercado está se adequando a essa nova demanda”, comenta.

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Além do banco de pele, a Global Franchise está trazendo ao Brasil novos negócios como Wine Styles, franquia voltada para alimentação, mas focada no varejo de vinhos. O cliente consome a bebida a preços acessíveis e dispõe de um local confortável para trabalhar com seu laptop ou encontrar os amigos. Outro exemplo é a Cuts, academia voltada só para homens, com aparelhos mais fortes desenhados exclusivamente para o corpo masculino. Com os aparelhos especiais, é possível reduzir o tempo na academia pela metade e aproveitá-lo em outras atividades.

“Entramos em vértices diferenciados de consumos específicos. Estamos no mesmo ritmo do que aconteceu com o mercado norte-americano. Houve o boom da alimentação, da educação e depois dos serviços em geral. Mas o mercado saturou e precisa de novidades, não existe espaço para tantos negócios iguais”, afirma Cecília.

Idéia iluminada

Edson Ricci, que há oito anos tem uma empresa de importação de lâmpadas, deve implantar neste ano um novo ramo de franquia a partir de uma dificuldade do mercado. Antigamente, quando se pensava em lâmpadas, as possibilidades dividiam-se entre 40, 60 e 100 watts. Hoje, a variedade é tal que, quando uma delas queima, é difícil identificar, inclusive, o modelo que se usa para substituí-lo. “Quando se chega ao impasse, entra a figura do eletricista, que está preocupado com serviços maiores, não quer ir a uma loja trocar três lâmpadas. O dono de um supermercado ou de uma escola também não vai contratar uma pessoa exclusivamente para esse serviço, então vimos um nicho de mercado ainda inexplorado”, diz.

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Foi assim que surgiu a franquia Mister Lâmpada, que cuida exclusivamente dos problemas de iluminação de clientes comerciais e residenciais. A proposta é atravessar toda uma cadeia de produção: fabricante, atacadista, lojista, eletricista e consumidor final. O franqueador vende as lâmpadas diretamente da fábrica para o franqueado, que paga o preço de atacado e repassa ao consumidor o preço médio do comércio. “Mas oferecemos uma vantagem – é aí que está o pulo do gato da franquia –, pois, pelo mesmo preço encontrado nas lojas, o cliente não tem o trabalho de chamar o eletricista, tirar a lâmpada, identificá-la, pegar o carro e sair para comprar. Nós fazemos todo esse trabalho”, diz Ricci. O resultado é um misto de serviço e produto com baixo investimento.

Para comprar uma franquia da Mister Lâmpada, o candidato passa por uma triagem. Como a taxa de franquia é baixa (R$ 3,7 mil), diariamente aparecem centenas de candidatos, mas nem todos apresentam o perfil desejado. “Existem muitos compradores com dinheiro, mas poucos dispostos a sair à rua”, conta Ricci. Os empresários interessados no negócio têm lucros entre 40% e 100%, porque acumulam os ganhos dos atravessadores.

Além da troca de lâmpadas, a franquia oferece serviço de consultoria em iluminação. O franqueado vai até um shopping, por exemplo, identifica as lâmpadas queimadas, confere por que elas queimaram e sugere, inclusive, melhorias para locais pouco iluminados, sem custo adicional e pelo mesmo preço que o cliente pagaria no comércio. “Passamos um orçamento prévio, não forçamos a venda imediata; o cliente reflete, confere se os preços estão de acordo com as lojas e, no outro dia, o nosso franqueado retorna para conferir se o cliente está interessado.”

Nem todos os franqueados precisam fazer o trabalho pessoalmente. É possível contratar pessoas para a mão-de-obra e apenas coordenar esse trabalho de acordo com as diretrizes do franqueador. “Nós buscamos as pessoas com o perfil que queríamos, e eles estão fazendo um trabalho excelente. Voltam todo dia para o seu escritório contentes, trabalhando e ganhando. É esse o resultado que queremos para todos os futuros franqueados”, conclui.

Fonte:
www.empreendedor.com.br

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