Como Abrir um Negócio

sexta-feira, outubro 14, 2011

Como Abrir - Montar uma Loja de Revelação - Impressão de Fotos Digitais

Revelação rápida de fotografias
Apresentação do Negócio
As fotografias fazem parte da vida de todas as pessoas. Elas retratam situações, relembram momentos, transmitem e criam arte. Além disso, as fotografias atingem e interessam todas as camadas da população desde crianças até idosos, mulheres e homens.
De acordo com Muniz em documento publicado pela ABIMFI- Associação Brasileira da Indústria de Material Fotográfico e Imagem (disponível em http://www.abimfi.org.br/site/area_atuacao/uso_da_tecnologia_digital_na_impressao_fotografica.pdf e acessado em 22 de maio de 2011), a fotografia abrange os aspectos mais profundos da física e hoje se pode dizer que este ramo de atividade envolve todos os campos de tecnologia. Aos poucos o mercado fotográfico vem absorvendo gradativamente a tecnologia digital.
Antes a única forma de registrar uma imagem de forma barata, era tendo uma câmera e filme, e quanto mais recursos esta câmera possuía, melhor era a qualidade das imagens registradas no filme em seu interior. O negativo por sua vez para ser passado para o papel fotográfico precisava ser passado por um equipamento de impressão conhecido como impressora analógica.
Este equipamento era composto de uma fonte de luz (uma lâmpada halógena equilibrada) que emitia sua luz através do filme e esta projeção por sua vez era ampliada por uma lente e registrada no papel fotográfico de maneira análoga.
O papel após processado em um banho de químicos revelava finalmente a imagem normal que conhecemos como fotografia colorida. Este processo atendeu bem a demanda de imagens particulares por décadas, mas até aparecerem as primeiras câmeras digitais.
O mesmo documento nos lembra que os equipamentos de impressão ótica possuíam um computador muito limitado somente para as suas operações de controle mecânico, mas o grande problema era a forma como realizavam a impressão, pois não possibilitavam a passagem da imagem codificada em bits para o papel.
Fez-se então necessário o desenvolvimento de novas formas de impressão que pudessem registrar as imagens digitais, dando origem assim a uma série de tecnologias de impressão. Todas muito diferentes entre si, mas com um ponto em comum: Reconstruir a imagem ponto a ponto, ou seja, bit a bit no papel fotográfico convencional, papel este que antes era usado na fotografia convencional.
O papel fotográfico possuía qualidade excepcional e custo muito baixo, e não há, até hoje, substitutos na verdadeira altura no que diz respeito à qualidade e preço. Dentre as tecnologias que surgiram podemos citar o MLVA (Micro Light Valve Array), o DMD (Digital Mirror Device) e o VFP (Vacuum Fluorescent Printer) todas baseadas em lâmpadas fluorescentes e halógenas, mas com vida útil reduzida e que exigiam dispositivos complexos de apoio para controle de intensidade e teor de cor.
E finalmente após anos de desenvolvimento surgiu o laser como forma de imprimir diretamente no papel fotográfico, mas funcionando de uma maneira muito diferente de uma impressora laser de mesa. As impressoras de mesa usam o laser para ionizar o papel e assim o tôner de cor que pode ser um pó ou líquido, adere a estas áreas polarizadas como em uma máquina de xérox.
Já nas impressoras fotográficas laser a própria luz laser é quem literalmente desenha a imagem digital no papel fotográfico, aproveitando a característica destes papeis responderem com uma determinada cor dependendo da cor da luz incidente. Por esta razão são necessários três canhões de laser de cores distintas para abranger todo o espectro de cores existentes no mundo real.
Para abranger todas as cores são necessários canhões lasers nas cores vermelho, verde e azul representados comumente pela sigla inglesa RGB (Red, Green, Blue).
O grande problema em utilizar o laser como formador de imagem no papel fotográfico foi o fato de há uma década mais ou menos só existirem comercialmente lasers de estado sólido vermelho. O azul e o verde ainda estavam em desenvolvimento, sendo que comercialmente só existiam a base de gás.
Chegou-se a fabricar impressoras que se utilizavam de laser a gás, mas eram de difícil controle no quesito estabilidade de cores (vital para a fotografia) e necessitavam de muita manutenção além de serem dispendiosos.
Então no início da década de 90 surgiram os primeiros lasers de estado sólido nas cores verde e azul, simplificando a construção das impressoras e reduzindo seu tamanho e preço. Hoje esta é a melhor forma de impressão utilizada no mercado fotográfico em todo o mundo (Fonte: ABIMFI).
Em virtude da crescente demanda, dos avanços tecnológicos nesse setor e da existência de um amplo mercado, têm surgido diversos empreendimentos especializados na revelação rápida de fotografias em todo o Brasil.
Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?

Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.
 
Revelação rápida de fotografias
Mercado
Apesar dos produtos eletrônicos brasileiros estarem entre os mais caros do mundo, os consumidores têm adquirido cada vez mais máquinas fotográficas digitais. Considerando máquinas compradas no Brasil -nos mercados formal e informal- e adquiridas no exterior, a ABIMFI (Associação Brasileira da Indústria de Material Fotográfico e de Imagem) estima que haja cerca de 40 milhões de unidades em uso no Brasil.
 
Segundo levantamento da IDC América Latina, em 2010 15,6 milhões de unidades de câmeras digitais na América Latina foram vendidas, um crescimento de mercado de 14% em relação a 2009. O levantamento faz parte do relatório trimestral sobre o mercado de câmeras digitais. O Brasil ainda é  responsável pelo maior mercado da região com 44% de todas as unidades vendidas, seguido  do México, com 16%. O mercado de câmeras digitais continua com muitas oportunidades na região, graças à grande variedade de modelos para cada usuário, do iniciante ao profissional e às formas de pagamento e incorporação de novos recursos como 3D e HD.  Para este ano de 2011, a IDC estima um crescimento de 9% para o mercado de câmeras digitais em relação a 2010, com crescimento ainda maior para os dois principais países Brasil (11%) e México (7%). Vale salientar que esses números referem-se exclusivamente ao mercado formal.
 
As compras efetuadas no mercado informal, muitas com notas frias, sem garantia e sob o risco de aquisição de um produto falsificado, são grandes no Brasil, com estimativas semelhantes às do mercado legal.
 
Nesse sentido, seguindo a tendência de crescimento da aquisição de máquinas fotográficas digitais, têm surgido empreendimentos que oferecem serviços de revelação rápida de fotografias. Apesar da máquina digital apresentar uma vantagem de estocagem das fotos em um computador tradicional, muitos consumidores ainda preferem optar pela revelação das fotos como forma de garantir a perenidade das fotografias tendo em vista a fragilidade de certos computadores face a problemas técnicos, vírus, etc.
 
Oportunidades: mercado em expansão
A maturidade atingida pelo setor fotográfico em mercados como o Japão, a Europa e os Estados Unidos, coloca países em desenvolvimento, como o Brasil, no foco das atenções das empresas do setor, pois ainda apresenta, potencialmente, um grande mercado consumidor a explorar.
Na queda livre de baterias e filmes para câmeras tradicionais, há uma categoria de insumos que se salva. A venda de papel fotográfico, que tem experimentado leves aumentos nos últimos anos em função do aumento da revelação de fotografias digitais. A tendência é que, com a maior penetração de laboratórios domésticos, este número suba, junto à venda de equipamentos para revelação doméstica.
Além do aumento da demanda por impressões digitais, a Abimfi acredita que novos produtos e serviços deverão preencher a lacuna deixada com a queda nas vendas de filmes. “As lojas estão se abrindo para outros nichos, como estúdio fotográfico, álbuns prontos, scrapbook, entre outros. A loja está com um novo status: o de gráfica rápida”.
 
Ameaças: grande concorrência
 
Apesar do negócio de revelação rápida e fotografias mostrar-se um empreendimento rentável e com excelente mercado consumidor, é importante assinalar que existem muitas empresas que já atuam nesse segmento utilizando tecnologias avançadas.
 
Nessa perspectiva, o empreendedor que pretende investir em uma empresa de revelação rápida de fotografias deve estar antenado com as tendências do mercado em termos de design e equipamentos, oferecendo novos produtos diferenciados e de qualidade superior. Também é interessante acompanhar “de perto” o que os concorrentes têm oferecido nesse mercado.
 
A concorrência deve ser analisada não só pela quantidade de empreendedores no mesmo segmento, mas sim, pela forma de atuação destes, considerando similaridade com seu produto e disputa pelo mesmo público alvo, mercado e canais de distribuição. 
 
Revelação rápida de fotografias
Estrutura
A estrutura básica de uma loja de revelação rápida de fotografias deve contar com uma área mínima de 100 m² que será distribuída entre área de atendimento de vendas, depósito de matéria-prima, laboratório de revelação (o “coração” da empresa), setor administrativo, pequena copa e banheiro para os funcionários.
 
Os espaços indicados acima devem ser dotados de layout adequado, respeitando a facilidade de movimentação, conforme segue:
 
a) Laboratório de revelação: instalação das máquinas de revelação de fotografia. Essa instalação deverá ocorrer de forma organizada e harmônica, possibilitando assim facilidade de circulação da(s) pessoa(s) que trabalhe (em) nesse espaço.
b) Administrativa: o mobiliário e os microcomputadores devem estar dispostos de forma a viabilizar o desenvolvimento das atividades de escritório.
c) Atendimento e vendas: esse espaço deverá ser dotado de balcão para atendimento aos clientes, prateleiras para disposição dos produtos que serão comercializados na loja de revelação rápida de fotografias.
 
Como em qualquer outro empreendimento, os departamentos deverão ser separados da melhor forma para que seja possível conseguir a maior produtividade possível de cada colaborador. Quanto ao imóvel escolhido para instalação da loja, ele deve oferecer a infra-estrutura necessária para a instalação do negócio e, ainda, propiciar o seu crescimento. Dentre os aspectos de infraestrutura que devem ser observados citamos a disponibilidade de internet, água, gás, eletricidade, rede de esgoto, vias de transportes e de comunicação etc. Cuidado com imóveis situados em locais sem ventilação, úmidos, sujeitos a inundações ou próximos às zonas de risco. Consulte a vizinhança a respeito.
 
Estrutura tendência: virtual
 
Atualmente muitas empresas realizam revelação de fotografias apenas pela internet. Para tanto, as empresas que desejam funcionar dessa maneira devem contar com um site ágil e amigável (de fácil manuseio pelos clientes).
 
Este tipo de revelação “on line” funciona da seguinte forma:
1) a empresa recebe as imagens do cliente pela Internet, através de sistemas de envio simples, com acelerador de grandes pedidos (em alguns casos), compatível com todas as versões de Windows.
2) O cliente escolhe o local de entrega de suas fotos, que também podem ser enviadas como presente, para qualquer localidade do país.
Todas os pedidos deverão ser registrados (Sistemas E-SEDEX e PAC) para poderem ser rastreados no site dos Correios.
3) Em seguida, o cliente realiza o pagamento da encomenda. Para tanto, a empresa deverá utilizar um sistema de pagamento bancário que aceite diversos cartões de crédito/débito e que seja MUITO seguro.
 
A maior vantagem desse tipo de estrutura é a economia que pode ser realizada em termos de investimento físico da empresa. 
 
Revelação rápida de fotografias
Pessoal
Selecionar as pessoas que irão trabalhar na sua empresa exige que considere cuidadosamente as habilidades específicas exigidas para cada tipo de atividade que desenvolverão.
 
O quadro de empregados de uma empresa de revelação rápida de fotografias irá variar de acordo com o porte do empreendimento. Em geral, quatro funcionários são suficientes para inicío de um negócio de pequeno porte. Um funcionário será responsável pela área de revelação de fotografias, um funcionário irá dedicar-se às vendas e marketing da empresa, um será balconista e atenderá diretamente os clientes e um gerente, além da presença em tempo integral do empreendedor/dono.
 
O empregado responsável pela área de revelação de fotos deverá possuir um alto nível de conhecimento sobre a máquina de revelação de fotos utilizada na empresa, devendo ter experiência e treinamento específico sobre o referido equipamento, de preferência que seja treinado por técnicos da fábrica.
 
O vendedor, o balconista e o gerente deverão conhecer bem as mercadorias comercializadas pela empresa. O vendedor é responsável pelas vendas fora da loja e eventualmente pelo controle de estoque (no caso de um pequeno empreendimento) enquanto o balconista deverá ter o contato direto com os clientes que procuram a loja de revelação de fotografias. O gerente será reponsável pela compra de matéria-prima, pagamentos, além da gestão do empreendimento conjuntamente com o empreendedor.
 
Ressalta-se ainda que o proprietário do negócio deverá estar presente em todas as operações da empresa, principalmente acompanhando a área de revelação de fotografias (coração da empresa), vendas e estoque, bem como a parte de gestão administrativo-financeira da empresa.
Recomenda-se ainda a adoção de uma política de retenção de pessoal, oferecendo incentivos e benefícios de natureza financeiros ou outros. Assim, a empresa poderá diminuir os níveis de rotatividade e obter vantagens como a criação de vínculo entre funcionários e clientes e ainda a diminuição de custos com:
·        recrutamento e seleção;
·        treinamento de novos funcionários;
·        custos com demissões. 
 
Revelação rápida de fotografias
Equipamentos
Dentre os principais equipamentos necessários para um empreendimento que pretende realizar a revelação rápida de fotografias, podemos destacar:
 
Parte administrativa:
 
  • Telefone/fax;
  • Móveis de escritório (mesa/cadeira/arquivo);
  • Computador;
  • Impressora.
Parte operacional:
 
  • Máquina de revelação automática de fotos (laboratório eletrônico- Minilab);
  • Microcomputador;
  • Ar-condicionado;
  • Prateleiras;
  • Guilhotina manual;
  • Balcão.
 
A tecnologia é relevante nesse tipo de negócio (prinicipalmente quando nos referimos ao Minilab). Quanto mais avançados forem os sistemas informatizados, máquinas e equipamentos, maior será a qualidade e produtividade da empresa. Contudo, nada disso acontecerá se a mão-de-obra não for devidamente qualificada e comprometida com o projeto da empresa de revelação rápida de fotografias.
  

Revelação rápida de fotografias
Investimentos
Investimento consiste na aplicação de algum tipo de recurso esperando, um retorno superior aquele investido, em um determinado período de tempo. O investimento que deve ser feito em um empreendimento varia muito de acordo com seu porte.
O investimento inicial irá variar de acordo com a estrutura do empreendimento e do tipo de serviço oferecido. Para uma loja de revelação rápida de fotografias de pequeno porte devemos considerar os seguintes itens:
 
Reforma e adaptação do imóvel: R$ 20.000,00
Móveis para parte administrativa e da loja: R$ 5.000,00
Produtos- filmes (20 rolos): cerca de R$ 1.500,00
Papel fotográfico e fotoquímico: R$ 7.000,00
Outros (câmeras, álbuns, porta-retratos) para comercialização: R$ 2.500,00
Minilab: R$ 50.000,00 (usado)*
Estação digital: R$ 25.000,00
Capital de giro: R$ 20.000,00
Investimento inicial em marketing: R$ 2.000,00
 
Total do investimento inicial: R$ 133.000,00
Os valores acima relacionados são apenas uma referência para constituição de um empreendimento dessa natureza. Para dados mais detalhados é necessário saber exatamente quais produtos e serviços serão vendidos pela loja de revelação rápida de fotografias e qual o seu porte. Nesse sentido, aconselhamos ao empreendedor interessado em constituir esse negócio, a realização de levantamento mais detalhado sobre os potenciais investimentos depois de elaborado seu plano de negócio (para elaboração do plano de negócio procure o Sebrae do seu estado).
Além disso, os valores acima irão variar conforme a região geográfica que a empresa irá se instalar, da necessidade de reforma do imóvel, do tipo de mobiliário escolhido, etc.
OBS: No caso de franquias o investimento inicial pode ser consideravelmente mais elevado. A Kodak, por exemplo, trabalha com sistema de licenciamento em que o comerciante usa a bandeira Kodak Express e, em contrapartida, deve se restringir a comercializar produtos da marca. É preciso investir no ponto comercial, equipamentos e material fotográfico, o que significa um total de R$ 250 mil. 
* um mini lab novo pode custar R$ 170 mil.

Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

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