Como Abrir um Negócio

terça-feira, agosto 23, 2011

Como Abrir - Montar uma Promotora cultural

Promotora cultural
Apresentação do Negócio
Sob o ponto de vista comercial, um evento cultural é um negócio como outro qualquer, isto é, precisa ter receitas suficientes para remunerar o investidor e cobrir os custos envolvidos na sua realização, gerando resultados atrativos para todos os envolvidos no projeto.
Para lidar com estas questões, ou mesmo, permitir que o artista possa se dedicar ao seu trabalho de criação e exibição de seu talento, geralmente, as tarefas administrativas, financeiras e operacionais envolvidas na realização de um evento cultural (show, festival, filme, peça de teatro etc.) são desempenhadas por pessoas ou empresas especializadas neste trabalho, chamadas de promotoras culturais.
Em geral o trabalho de promoção cultural pode ser dividido em duas categorias distintas:
Promoção de espetáculo - O promotor de espetáculo é responsável pela organização do evento cultural, fazendo com que ele seja executado com sucesso dentro dos objetos operacionais e financeiros previstos. Isso pode incluir até mesmo bancar os custos do espetáculo em arenas, clubes, auditórios e outros espaços, assumindo os riscos inerentes ao negócio e financiando o projeto. Esses profissionais são responsáveis pela contratação dos artistas direta ou indiretamente para a realização do evento e toda a logística envolvida na instalação do evento. Com responsabilidade sobre a segurança, qualidade e êxito do espetáculo, realizando o pagamento dos fornecedores e dos empregados envolvidos na produção. Para isto, os promotores de espetáculos podem subcontratar profissionais para colaborar na realização e promoção do evento. Além disso, realizam atividades tal como a cessão de espaço do para outros fornecedores dos mais diversos serviços, dente eles, serviços de alimentação, ambulantes, patrocinadores e outros.
Promoção artística – É o trabalho de ligação entre artistas e os promotores de espetáculos e outras pessoas envolvidas na organização e produção do show, filme, festival etc., colaborando ativamente na realização do evento/produto cultural, desde a concepção, realização, divulgação e demais quesitos essenciais para o sucesso do mesmo. Desloca-se aos locais do evento; reúne-se com os promotores de espetáculo expondo as suas idéias; assegura que os recursos solicitados pelo artista estejam disponíveis, mantém contato com os fornecedores de iluminação e som, meios de hospedagem, catering, abastecedores de camarins, cenógrafos; faz contatos com rádios, TV, revistas, agências de publicidade etc., divulgando o trabalho do artista. Muitas vezes esta atividade confunde-se com o trabalho do Agente Artístico – profissional responsável pela organização de turnês, planejamento de carreira, agenda, etc., do artista.
Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.
Promotora cultural
Mercado
Com toda sua extensão territorial, público consumidor, qualidade e criatividade de seus criadores, o Brasil reúne excelentes condições para fazer do mercado de promoção cultural um negócio auto-sustentável e altamente rentável.
 
A “indústria” e o “mercado” da produção audiovisual estão entre as maiores fontes de receita em todo o mundo, empregando milhões de pessoas e com capacidade infinita de expansão. A economia da cultura, que envolve produção, circulação e consumo de produtos e serviços culturais, já responde por 7% do PIB mundial. Os produtos culturais são os principais itens da pauta de exportações dos Estados Unidos e representam 8% do PIB da Inglaterra.
 
No Brasil não é muito diferente, se tomarmos como exemplo a indústria fonográfica, o país está entre os 10 maiores vendedores de discos do planeta e só o mercado formal (fora a pirataria) movimenta cerca de R$ 2,5 bilhões/ano.
 
Dados do IBGE revelam que a chamada “economia da cultura”, do país, possui indicadores expressivos: as 320 mil empresas do setor geram 1,6 milhões de empregos formais e representam 5,7% das empresas do país. A cultura é o setor que melhor remunera - sua média salarial é 47% superior à nacional.
 
Apesar disso, a produção independente ainda mostra-se incapaz de vencer desafios relacionados à distribuição, promoção e divulgação das obras artísticas, entre outros problemas.
 
Com exceção do eixo Rio - São Paulo, a situação não é diferente, muito pelo contrário. A inexistência de uma indústria e um mercado bem-estruturado, a distância física em relação à sede dos principais veículos de comunicação, entre outros fatores, agrava as dificuldades de promoção de artistas de qualidade e a conquista de mercados mais amplos para os artistas de outras regiões.
 
Dados do Ministério da Cultura de 1996 a 2002 apontam que com relação ao investimento em cultura a região Sudeste do país se destaca das demais regiões brasileiras com R$ 1,4 bilhão, isso representa aproximadamente 86% dos recursos de captação pela Lei Rouanet e Lei do Audiovisual, seguida pela região Sul com 7,4% e Nordeste com 4% do total.
 
Promotora cultural
Estrutura
A estrutura requerida para se iniciar um negócio como este é bem simples, podendo a atividade ser desempenhada a partir de uma sala comercial de aproximadamente 30 m², com o auxílio de um computador com internet, aparelho de telefone/fax e linha telefônica.
 
O local deve ser bem decorado e mobiliado com mesas e cadeiras para o empreendedor e sua equipe de assistentes e espaço para reuniões de trabalho com artistas e prestadores de serviços associados à realização do evento (iluminação som, meios de hospedagem, catering, abastecedores de camarins, cenógrafos etc.).
 
Promotora cultural
Pessoal
O próprio empreendedor com o auxílio de um(a) assistente pode iniciar um negócio de promoção cultural.
  
Promotora cultural
Equipamentos
Em geral, o trabalho de promoção cultural é uma prestação de serviço, que não envolve o uso de equipamentos específicos para o exercício da atividade. O trabalho requer apenas o uso de computador, impressora, fax, telefone etc., equipamentos estes, necessários às tarefas de suporte associadas à atividade.
 
Promotora cultural
Investimentos
A estrutura do empreendimento e os serviços ofertados são variáveis, o que podem também fazer variar o valor necessário para o investimento. Por esta razão sugerimos a elaboração de um Plano de Negócio, onde os recursos necessários, em função dos objetivos estabelecidos, poderão ser determinados. (vide modelo disponível em: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/integra_bia?ident_unico=1440).
 
O investimento inicial compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser divididos em:
- investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas, registro da empresa, honorários profissionais e outros;
- investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas etc.;
- capital de giro inicial – é o capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destinam-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de contador, dentre outros gastos.
 
Para uma promotora cultural de pequeno porte, estimamos que o empreendedor tenha que dispor de aproximadamente de R$ 25.000,00 para fazer frente aos seguintes itens de investimento:
- despesas de registro da empresa, honorários profissionais, taxas etc. - R$ 2.500,00;
- montagem e aparelhamento da agência – R$ 10.000,00;
- Desenvolvimento de website e material promocional da empresa – R$ 2.500,00;
- capital de giro para suportar o negócio nos primeiros meses de atividade – R$ 10.000,00.
 
Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

segunda-feira, agosto 22, 2011

Como produzir plantas e flores ornamentais

Produção de plantas e flores ornamentais
Apresentação do Negócio
A floricultura é um ramo em expansão do agronegócio, caracterizado pela produção de mudas de flores e plantas ornamentais. As plantas ornamentais são aquelas que produzem folhagens e/ou frutos que atraem por sua beleza, possibilitando a ornamentação de espaços internos ou externos, a utilização como complementos de indumentárias, como os tradicionais buques das noivas ou ainda para serem presenteadas.
      O Brasil é um país privilegiado por possuir, em sua extensão territorial, condições de diferentes temperaturas, umidade do ar, solo, etc, o que favoreceu o surgimento de uma riquíssima flora, com muitas espécies conhecidas e outras ainda por serem descobertas e exploradas.
      O maior centro de produção de flores e plantas ornamentais está localizado em São Paulo, na cidade de Holambra, que exporta para todo o Brasil e também para o exterior.
      Este tipo de agronegócio  vem se consolidando como um ramo de negócio que gera uma quantidade de empregos significativa e com alto potencial de exportação e rentabilidade.
      Os produtores de flores e plantas ornamentais poderão contar com uma certificação de implantação de boas práticas, facilitando a colocação do produto no mercado interno e externo, pela indicação do alto padrão da qualidade. Uma parceria entre a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Ministério da Agricultura Associações de produtores, está elaborando em 2009, o manual de boas práticas, por meio da metodologia de Produção Integrada (PI), que já é utilizada na fruticultura. A PI indica como fazer o controle de resíduos e estudos do impacto ambiental que a produção de plantas ornamentais pode provocar.
      Para o empreendedor que gosta de lidar com a terra e a produção agrícola, a Produção de Flores e Plantas Ornamentais é uma boa opção.
       Nesta “Idéia de Negócio” serão apresentadas informações importantes para o empreendedor que queira produzir Flores e Plantas Ornamentais.
      Este documento não substitui o Plano de Negócios, que é imprescindível para iniciar um empreendimento com alta probabilidade de sucesso. Para a elaboração do Plano de Negócio, consulte o SEBRAE mais próximo.

Produção de plantas e flores ornamentais
Mercado
"O mercado de plantas ornamentais no Brasil é menor que em muitos países como, por exemplo, Estados Unidos e países da Europa, em geral. Contudo, este é um mercado que apresenta um grande potencial de crescimento caracterizado pelo surgimento de novos pólos geográficos regionais de produção, aumento das exportações e do consumo interno.
      A produção de flores e plantas ornamentais no Brasil ainda caracteriza-se como uma atividade típica de pequenos produtores. Estima-se a existência de aproximadamente sete mil produtores de flores que cultivam 7.500 hectares em 304 municípios brasileiros.
      Como foi dito, o principal pólo produtor brasileiro é São Paulo destacando-se a cidade de Holambra, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Outros estados do Nordeste como por exemplo, Ceará, Alagoas, Pernambuco e Bahia também começam a ampliar a produção de flores e plantas ornamentais.
      As plantas ornamentais correspondem a 50% da produção, as flores de corte por 29% e, as flores em vaso por 13%, as folhagens em vaso e de corte por 6%. Dentre as flores de corte, a principal espécie produzida no Brasil  é a rosa, ocupando entre 25% e 30% da área total plantada no país.
     
Ameaças e oportunidades
      As oportunidades de negócios são definidas pelas possibilidades de bons resultados financeiros que o empreendedor vislumbra ao implantar um novo empreendimento.
      O conhecimento real das possibilidades de sucesso somente será possível através de pesquisa de mercado.
      Uma pesquisa não precisa ser sofisticada, dispendiosa - em termos financeiros - ou complexa. Ela pode ser elaborada de forma simplificada e aplicada pelo próprio empresário, para estudar a concorrência já instalada, em termos de padrão de qualidade e valores praticados.
      O risco de abrir as portas sem conhecimento do ambiente local é muito grande, e pode significar o fracasso da Produção de Plantas Ornamentais
       Oportunidades
      - Investimento da Embrapa em pesquisas, possibilitando a redução dos custos na produção;
      - Programa de expansão e fortalecimento da cadeia produtiva da floricultura do SEBRAE, que promove a articulação de parcerias, pesquisas de mercado, capacitação, sensibilização e estímulo ao associativismo.
      - O Brasil possui grande biodiversidade natural, além de existir a possibilidade de se descobrir muitas novas espécies, possibilitando aos produtores nacionais concorrer com produtos diferenciados no mercado internacional e oferecer maior variedade de plantas aos clientes nacionais.
      - Exportação: o mercado internacional movimenta nove bilhões ao ano e a participação brasileira ainda é tímida neste mercado.
      Ameaças
      As ameaças são representadas por todas as possibilidades de insucesso que o futuro empresário pode identificar para o novo negócio. A realização da pesquisa sugerida fornece subsídios para a previsão de dificuldades que poderão aparecer.
      São ameaças para uma empresa de pequeno porte que produz Flores e Plantas Ornamentais:
      - Baixo consumo per capita de flores e plantas ornamentais no Brasil;
      - Dificuldade de transporte adequado para conservação das plantas e flores;
      - Se o empreendedor desejar exportar enfrentará a o problema da falta de câmaras frias nos aeroportos brasileiros para conservação do produto;
      - Concentração maior das vendas em datas e ocasiões específicas como dia dos namorados, dia das mães, ano novo e finados.

Produção de plantas e flores ornamentais
Estrutura
A área mínima para Produção de Plantas Ornamentais é relativa. De acordo com especialistas do ramo, existem produtores que utilizam apenas um espaço de 40m². Entretanto eles relatam que numa área dessa dimensão não oferece a possibilidade de se obter lucros vantajosos com o negócio, apenas a possibilidade de “sobreviver”. É possível estruturar uma produção que fomente bons negócios numa área de 230 m², dividida em estufa, área de produção a céu aberto, uma doca para concentrar o produto final e espaço para atividades administrativas.
      Equipamentos necessários à realização de atividades administrativas
      - Mesa;
      - Cadeiras;
      - Arquivo para pastas suspensa;
      - Computador;
      - Impressora;
      - Telefone/Fax
      Equipamentos e materiais para produção em estufa e a céu aberto
      - Estufa;
      - Máquina agrícola para desinfecção de solo;
      - Equipamentos para irrigação;
      - Tela plástica para sombreamento;
      - Embalagem plástica para mudas;
      - Caixas;
      - Podador motorizado;
      - Pá;
      - Arado de disco;
      - Enxada rotativa;
      - Enxada.
      Equipamentos para distribuição
      - caminhão.
 
Produção de plantas e flores ornamentais
Pessoal
 O empreendedor que está iniciando um negócio deve estar atento para não exceder os custos. Contratar muitas pessoas inicialmente pode impactar negativamente os custos iniciais de produção. É muito comum encontrar dentro deste ramo produtores que contam com a ajuda de pessoas da família, além de contratar mão de obra temporária para períodos específicos de maior demanda de trabalho.
      Uma área de 230 m² demanda um responsável técnico, que pode ser o próprio produtor, duas pessoas para produção e um motorista.
      Floricultores
      Responsabilidades:
      - Colheita e pós-colheita de diversas plantas;
      - Acondicionamento e embalagem;
      - Plantação e manutenção de cultivos;
      - Manuseamento e aplicação de produtos fitossanitários;
      - Gestão do controle ambiental de estufas
      Motorista
      - Transportar as plantas até os clientes;
      Responsável Técnico
      Responsabilidades:
      - Conhecer as principais espécies de plantas ornamentais produzidas pelo mercado e orientar sobre seus respectivos processos produtivos;
      - Planejar a produção;
      - Realizar a análise econômica da produção;
      - Diferenciar as melhores técnicas para o cultivo;
      - Preparar o substrato adequado a cada planta:
      - Realizar o cultivo de flores e folhagens em canteiro e em vasos;

Produção de plantas e flores ornamentais
Equipamentos
Equipamentos
- Tela plástica para sombreamento: para favorecer um microclima que evite a desidratação das mudas e protegê-las da incidência direta dos raios do sol.
      Como uma alternativa para aliviar os custos de quem está começando o negócio de Produção Flores de Plantas Ornamentais, o empreendedor poderá verificar a possibilidade de adquirir alguns equipamentos de “segunda mão”, dentre eles:
- Máquina agrícola de desinfecção de solo: aumenta a produção e a qualidade das plantas evitando a infecção por pragas e doenças.
- Equipamentos para irrigação:
- Arado de disco: Utilizado para preparar o solo.
- Enxada rotativa: Utilizada para misturar o adubo no solo.
      Tecnologia
- Estufa:
      Possibilita o controle sobre a produção e permite evitar o estabelecimento de pragas e doenças.
      É possível encontrar diversos tipos de estufa que variam conforme o tipo de controle de ambiente que deseje se estabelecer:, umidade, iluminação e temperatura. Além desses controles a tecnologia já oferece estufas que controlam as condições ambientais em seu interior com precisão permitindo inclusive elevar ou abaixar qualquer variável ambiental por meio de equipamentos eletrônicos.
- Sistema de irrigação “folha mágica”:
      Sistema que detecta a umidade do ambiente. Evita que o sistema de irrigação seja acionado durante as chuvas, diminuindo o gasto com energia elétrica e o desperdício de água.
 
Produção de plantas e flores ornamentais
Investimentos
Todas as respostas para as questões relacionadas a investimento surgirão com a elaboração do plano de negócios. Etapa fundamental para quem deseja empreender de forma consciente, “o plano de negócios é a validação da idéia, análise de sua viabilidade como negócio” (DOLABELA, 1999).
      Considerando que a Produção de Flores e  Plantas Ornamentais seja instalada numa área de 230m² investimento inicial pode ser estimado em R$ 45.500,00 mil, aproximadamente, a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:
* Infra Estrutura de Produção: R$ 10.000,00
* Equipamentos: R$ 20.000,00
* Estrutura Administrativa: R$ 3.000,00
* Insumos: R$ 2.000,00
* Capital de giro: R$10.500,00
  
Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

Como Abrir - Montar uma empresa de Produção de Mel

Produção de mel
Apresentação do Negócio
O mel é um alimento natural de fácil digestão e muito importante para o equilíbrio do processo biológico do corpo humano, porque contém, em proporções equilibradas: fermentos, vitaminas, minerais, ácidos e aminoácidos, semelhantes a hormônios, substâncias, bactericidas e aromáticas.
 
A criação racional de abelhas vem obtendo grande destaque no âmbito do agronegócio brasileiro desde os anos 80, não só por suas propriedades como alimento, mas também pela mudança cultural da população que busca melhorar a sua qualidade de vida com uma alimentação saudável. Estas condições proporcionaram o aumento não só do consumo de mel mais a procura por outros produtos apícolas e, consequentemente, sua valorização, possibilitando ao apicultor melhor remuneração. Com isso, o mercado para os produtos da colmeia se expandiu no Brasil e a produção de mel, que era uma tradição quase que exclusiva das regiões Sul e Sudeste, passou a ter destaque também nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
 
A consolidação da boa fase do negócio apícola ocorreu em 2001, com a abertura do mercado internacional para o mel brasileiro. Com isso, o apicultor passou a receber, em média, um valor três vezes maior do que recebia.
 
O negócio apícola apresenta ainda, como vantagem, baixo volume de investimento, pois não é preciso ser proprietário de terras para iniciar uma pequena produção. Essa possibilidade é potencializada pelas condições tropicais brasileiras e pela utilização das abelhas africanizadas. Portanto, a apicultura representa uma possibilidade real de negócios e inclusão social, mesmo para quem dispõe de poucos recursos.
 
A apicultura não exige dedicação exclusiva, permitindo aos apicultores desenvolverem outras atividades sem que isso prejudique na criação de abelhas. Isso possibilita ocupação aos membros da família e viabiliza a geração de renda, assegurando a diversificação da produção na pequena propriedade.
 
Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.
 
Produção de mel
Mercado
A Produção de mel brasileira triplicou e as exportações deram um salto de mais de 9.000% em 10 anos. A apicultura nacional virou a página de uma história de produção incipiente e limitada ao consumo local. Hoje, o Brasil é o 11º produtor mundial e o 5º exportador. O mel brasileiro de exportação é cobiçado pelos principais mercados, por ser orgânico e de qualidade.
 
Graças ao seu clima tropical, ampla área territorial com vasta e variada vegetação, representada pelos seus seis principais biomas: Amazônia, Caatinga, Pantanal, Pampa Gaúcho, Mata Atlântica e Cerrado, podemos produzir nos 365 dias do ano.
 
Segundo estudo do Banco do Nordeste do Brasil, “Principais Mercados Apícolas Mundiais e a Apicultura Brasileira”, a apicultura no país se iniciou com enxames trazidos pelos imigrantes com a colonização. Contudo, somente com a introdução de abelhas africanas, em meados de 1956, é que se deu a revolução da apicultura no Brasil, com o cruzamento das duas populações, produzindo um híbrido conhecido hoje de abelhas africanizadas, que são altamente resistentes a doenças, o que nos permite produzir um mel livre do uso de medicamentos.
 
Estas condições permitem que o Brasil se apoxime da líderança mundial de produção de mel. Projeções do MAPA – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, apontam  para  2015 uma produção de 100.000 toneladas/ano, sendo 50% desta produção exportada, gerando empregos e divisas para país. Embora as estatísticas existentes sobre o setor sejam divergentes, segundo o MAPA, atualmente, a cadeia produtiva do mel no Brasil, envolve mais de 350 mil apicultores, além de gerar 1.000.000 de ocupações no campo e no setor industrial.
 
Há uma expectativa de aumento do consumo de mel no mercado interno nos próximos anos. Esta expectativa origina-se do baixo consumo “per capita” atual e o aumento de renda da população brasileira observado nos últimos anos, já que o mel é cosiderado um produto caro pela população de baixa renda. Hoje o brasileiro consome cerca de 120 g/ pessoa ao ano, consumo considerado baixo se comparado a alguns paises da Europa, como a Alemanha e a Suíça, onde se calcula um consumo de 1.500 g/pessoa ao ano
 
Em relação ao mercado externo, nossas exportações deram um novo impulso à partir de 2008. Isto ocorreu, após a remoção de barreiras impostas pela União Europeia a importação do mel brasileiro e a aceitação de nossas certificações, comprovando a qualidade do mel produzido no país, que é isento de defensivos e produto de floradas de matas nativa, totalmente orgânico, algo praticamente único no mundo.
 
Para conhecer um pouco mais sobre o mercado de comercialização do mel brasileiro, leia a cartilha APICULTURA: UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO SUSTENTÁVEL, preparada pelo Sebrae – BA e disponível em http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/E3CA0B10F1061D878325766300685F92/$File/NT00042B86.pdf. Acesso em 16 jun 2011.
  

Produção de mel
Estrutura
Nos termos da Portaria nº 6, de 25 de Julho de 1985 do MAPA as EPAs e UEPAs deverão, possuir estruturas física adequadas ao seu funcionamento. Para conhecer estes requisitos recomendamos ao empreendedor a leitura da referida portaria.
 
Colmeial
 
Segundo a Embrapa existem dois tipos de Colmeial: Fixos e Migratório.
 
Fixo
Um colmeial fixo é caracterizado pela permanência das colméias durante todo o ano em um local previamente escolhido, onde as abelhas irão explorar as fontes florais disponíveis em seu raio de ação (máximo de 3 km para uma coleta produtiva). Como as abelhas não são deslocadas, permanecendo no colmeial durante todo o ano, a escolha do local assume importância fundamental na manutenção das colméias e produtividade do colmeial. Algumas diretrizes devem ser seguidas para que se possa garantir a segurança em relação a pessoas e animais, em função da presença de abelhas. É recomendável que o colmeial seja cercado, podendo-se utilizar mourões de madeira e arame farpado, ou materiais que estejam disponíveis no local, como bambus, madeiras, etc. Esses materiais alternativos podem reduzir o custo de instalação da cerca, apesar de não terem a mesma durabilidade de uma cerca com arame.
 
Migratório
 
Esse tipo de colmeial deve atender à maioria das características de um colmeial fixo, entretanto, é usado na prática da apicultura migratória, em que as abelhas são deslocadas ao longo do ano para locais com recursos florais abundantes. Como a necessidade de deslocamento é freqüente, a maioria dos apicultores prefere não cercar esses colmeiais, o que acarretaria um aumento dos custos (já consideráveis em uma apicultura migratória) e de mão-de-obra para a instalação das cercas.
 
Outra característica que o difere do colmeial fixo está baseada nos tipos de cavaletes utilizados. Pela necessidade de praticidade no transporte das colmeias e do restante do material, os cavaletes utilizados devem ser desmontáveis ou dobráveis diminuindo, dessa forma, o volume de carga a ser transportada e o tempo gasto na sua montagem e desmontagem. Alguns apicultores ainda preferem a simples utilização de tijolos e caibros de madeira, para a construção de um suporte para as colmeias. Apesar de esses cavaletes serem de fácil instalação, existem algumas desvantagens com relação ao manejo no caso de as colmeias serem dispostas em um mesmo suporte e pela falta de proteção contra formigas e cupins. A situação menos recomendável é aquela em que as colmeias são dispostas em contato direto com o solo, sem a utilização de qualquer suporte, acarretando prejuízos tanto para o enxame como para a vida útil das caixas.
 
Produção de mel
Pessoal
A apicultura não exige dedicação exclusiva, permitindo aos apicultores desenvolverem outras atividades sem que isso prejudique na criação de abelhas. Isso possibilita ocupação aos membros da família e viabiliza a geração de renda, assegurando a diversificação da produção na pequena propriedade.
 
Contudo os empreendimentos de maior porte e que exploram a atividade de forma regular (EPA / UEPA), necessitam de uma equipe fixa de empregados que poderá variar com o número de colméias e  regularidade das colheitas / extrações do produto, volume de produção, etc. Estimamos que uma Casa do Mel (UEPA) necessite de cerca de 2 colaboradores fixos.
 
Os empregados deverão observar hábitos higiênicos e possuir carteira de saúde sempre atualizada, devendo ser afastados dos trabalhos aqueles acometidos de enfermidades infecto-contagiosas ou portadores de ferimentos que prejudiquem a execução normal de suas tarefas.
 
No ambiente da Casa do Mel é necessário o uso de uniformes constituídos de calça e avental ou macacão; gorro, boné, touca ou capacete e botas ou sapatos impermeáveis, todos em cor branca. Permite-se o uso de macacões azuis ou cinzas para os empregados que trabalham na seção de beneficiamento da cera de abelhas e pr6polis e seções auxiliares, tais como caldeira e sala de máquinas.
 
Os uniformes deverão estar sempre limpos e serão de uso exclusivo no estabelecimento, não se permitindo a saída de funcionários trajando seus uniformes de trabalho.
 
O estabelecimento deve dispor de aventais e gorros para uso dos visitantes.
 
Não deve ser permitido o ingresso de pessoas desuniformizadas às dependências industriais.
 
Antes de ingressarem às seções de elaboração de produtos e à saída dos sanitários, deverá ser observada por parte dos funcionários a lavagem das mãos e antebraço com água e sabão inodoro, devendo, em seguida, ser enxugados com toalhas apropriadas.
 
Produção de mel
Equipamentos
São necessários os seguintes móveis e equipamentos:
 
Mobiliário para a área administrativa:
- microcomputador completo;
- impressora;
- telefone;
- mesas;
- cadeiras;
 
Equipamentos Apicultor:
- fumegador;
- chapéu e véu, macacões, luvas de pvc e botas;
- Caixas de madeira / melgueiras.
 
Casa do Mel (UEPA)
-Garfo Desoperculador: Utilizado para a retirada dos opérculos dos favos;
-Mesa Desoperculadora: Utilizado na desoperculação dos favos de mel;
-Centrífuga: Retira o mel dos alvéolos por meio de movimento de rotação em torno de seu próprio eixo (força centrífuga);
-Peneiras: Filtra as sujeiras presentes no mel provenientes do processo de desoperculação e centrifugação;
-Baldes: Recebe o mel centrifugado e realiza o transporte do mel até o decantador;
-Decantador: Armazena o mel já centrifugado e filtrado, promovendo a separação das sujidades ainda presentes no mel.
 
Ou
 
Entreposto de mel (EPA)
-Mesa Coletora: Destinada ao recebimento do mel (em baldes ou latas), previamente centrifugado e decantado
- Homogeneizador: Homogeneiza o mel, com a finalidade de padronizar grandes quantidades do produto em relação à cor, aroma e sabor;
- Bomba de Sucção: Bombeia sob pressão o mel despejado na mesa coletora para o homogeneizador;
- Descristalizador: Reverte o processo natural de cristalização do mel;
Desumidificador: Retira o excesso de umidade do mel;
Decantador: Armazena o mel já centrifugado e filtrado, promovendo a separação das sujidades ainda presentes no mel.
Laboratório
- Kit equipamento para análise físico-química, HMF e Microbiologia
- Colorímetro;
- Refratômetro;
- Balança eletrônica de precisão;
- Phmetro portátil - medidor de PH
 
Outros
-Veiculo utilitário (usado)
  
Produção de mel
Investimentos
Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser caracterizado como:
- investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas etc.;
- investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da empresa, , honorários profissionais e outros;
- capital de giro – é o capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destina-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de contador, despesas de manutenção, reposição da matéria prima e outros.
 
Estimamos que para montar uma empresa produtora de mel sob a forma de Casa do Mel (UEPA), estabelecimento onde se manipula o mel e seus derivados, através do recebimento, extração, centrifugação, filtração, decantação, envase e estocagem, o empreendedor irá necessitar de cerca de R$ 80.000,00, para fazer frente a gastos tais como:
- Terreno e Instalações Prediais – R$ 25.000,00
- Mobiliário para a área administrativa – R$ 2.300,00;
- Equipamentos – R$ 21.000,00;
- Veículo utilitário (usado) – R$ 20.000,00;
- Despesas de registro da empresa e dos produtos no MAPA, honorários profissionais, taxas etc.- R$ 4.500,00;
- Capital de giro – R$ 8.000,00.
 
Vale lembrar que estes valores são meras estimativas e que poderão variar significativamente, de acordo com as condições já instaladas do produtor rural, por esta razão recomendamos ao empreendedor a elaboração de um Plano de Negócio, onde os recursos necessários, sejam determinados. (vide modelo disponível em: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-umnegocio/integra_bia?ident_unico=1440 ). 
 
Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

Como Abrir - Montar uma empresa de Produção de games

Produção de games
Apresentação do Negócio
Os Jogos eletrônicos ou games estão inseridos em todas as camadas da sociedade, idealizados e criados para diversos propósitos tais como treinamento, educação, entretenimento e propaganda, não excluindo qualquer faixa etária ou gênero.
No Brasil, a maioria das empresas de produção de games ainda foca os esforços no mercado mais tradicional (entretenimento puro). Porém, vê-se um interesse crescente pelos advergames (uso dos games para divulgar marca) e o início de movimentação na produção de middlewares (suporte a jogos) e business games (jogos utilizados por empresas).
De acordo com a ABRAGAMES -Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (2004), o primeiro jogo produzido no Brasil tem hoje mais de 20 anos. O que poderia ser considerado um marco inicial da indústria brasileira de desenvolvimento de jogos eletrônicos é, na verdade, uma das muitas iniciativas isoladas na tentativa de se criar uma indústria.

Do início da década de 80 até o final da década de 90, pouca coisa mudou no cenário brasileiro. Poucas empresas surgiram e não foram capazes de conquistar mercados. Enquanto isso, o mercado internacional tinha resultados explosivos um ano atrás do outro aumentando o abismo que separava as produtoras nacionais das estrangeiras.

A partir do ano 2000, o cenário começou a mudar. Muitas empresas surgiram de lá para cá e inúmeras iniciativas foram tomadas em áreas correlatas de jogos (feiras, cursos, simpósios etc). Um mercado para atuação no Brasil surgiu, ainda que de forma pequena. As empresas também conseguiram realizar as primeiras investidas internacionais.

O cenário hoje ainda é de muita dificuldade, mas diferente do que a maioria das pessoas ainda pensa, o Brasil já tem condições de produzir jogos de ponta, só faltando recursos para que isso aconteça de forma efetiva (Abragames, 2004).
De acordo com Manfrin (2009), entre os pólos de maior destaque da indústria de jogos digitais estão os de São Paulo e Campinas, que cresceram à sombra da USP e da Unicamp, o Porto Digital de Recife, que abriga perto de 120 companhias de software, e outros espalhados por Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis e Belo Horizonte.
Nessa perspectiva, em virtude da existência de um amplo mercado, têm surgido diversos empreendimentos brasileiros especializados na produção de games.
Este documento não substitui o plano de negócio .Para elaborá-lo procure o Sebrae.

Produção de games
Mercado

O Brasil é um local de muitas possibilidades e oportunidades no setor de entretenimento digital. O País apresenta uma grande unidade, riqueza e profissionais qualificados o suficiente para se tornar forte na indústria dos Jogos, além de apresentar uma grande e estabelecida demografia de jogadores e uma notável vontade de fazer crescer a sua própria indústria nacional de Jogos eletrônicos (MANFRIN citado por FERREIRA, 2010).
De acordo com o mais recente estudo publicado pela ABRAGAMES em 2008, existem no Brasil 560 profissionais altamente capacitados empregados em 42 empresas que produzem softwares para jogos eletrônicos, ou seja, os jogos ou parte deles.

Somando‐se software e hardware, o Produto Nacional Bruto do setor de jogos é de R$ 87.5 milhões. 43% da produção nacional de software para jogos é destinada à exportação, enquanto quase 100% do hardware fabricado se destina ao mercado interno. Pelo menos por enquanto, “o Brasil ainda é um país de hardware”.

O salário bruto médio no setor de jogos eletrônicos é R$ 2.272,71. Na opinião dos empresários, o salário poderia ser maior, a indústria poderia produzir mais e gerar mais empregos se os custos de contratação de mão‐de‐obra no Brasil fossem menores. Os perfis profissionais mais comuns na indústria brasileira de jogos são artistas gráficos e programadores (Abragames, 2008).

A indústria brasileira é hoje responsável por 0,16% do faturamento mundial com jogos eletrônicos. Na indústria de software (e não apenas de jogos), o que é made in Brazil representa aproximadamente 1,8% da produção mundial (fonte: ASSESPRO‐SP). Entretanto, é principalmente focada no mercado interno.

Oportunidades: mercado em expansão e políticas públicas de apoio ao setor
A Abragames observou que o desenvolvimento do setor de jogos eletrônicos converge com as atuais tendências tecnológicas. Atualmente, no Brasil, há uma grande discussão a respeito da implementação da TV digital e o seu impacto em termos de convergência tecnológica com internet, comunicação sem fios etc. Há um consenso de que interatividade será a palavra-chave para entender esse novo cenário de conteúdo digital. E interatividade é o nicho de mercado fundamental para a indústria de jogos. Nessa perspectiva, um novo campo será aberto para aplicações inovadoras envolvendo jogos eletrônicos. Explorar corretamente esta sinergia pode significar um importante caminho para as empresas desenvolvedoras de jogos no Brasil.

Além disso, o estudo da ABRAGAMES (2008) assinala ainda que, em 2006, empresas de jogos tornaram‐se parte do projeto setorial integrado de software e serviços (PSI‐SW) financiado pela APEX (Agência Brasileira de Promoção da Exportação e Investimentos) e co‐gerenciado pelo SOFTEX. O grupo de jogos tem co‐gestão da ABRAGAMES. Graças a esta organização e ao incentivo, as exportações em 2008 se multiplicaram o que mostra um interesse governamental cada vez maior por esse setor.

Ameaças: pirataria e alta mortalidade para micro e pequenas empresas
 
Ainda de acordo com o estudo realizado pela ABRAGAMES, o mercado interno fortemente afetado pela pirataria e pela importação ilegal, faz a indústria nacional depender principalmente da exportação. Por um lado, as empresas sobreviventes se tornam fortes exportadores; por outro, a mortalidade de pequenas empresas de jogos no Brasil é alta, já que em paralelo ao desafio de criar uma empresa há a necessidade de aprender a exportar. Ainda assim, a indústria cresce. O que a Abragames conclui é que um mercado interno significativo poderia tornar as empresas brasileiras mais fortes e portanto ainda mais competitivas internacionalmente.

Produção de games
Estrutura
De acordo com o diretor da Abragames, Winston Petty, com a abertura de novos canais de publicação direta e distribuição de conteúdo por download, diversas oportunidades de estruturas diferenciadas surgiram, permitindo inclusive uma produção com estrutura e custos relativamente inferiores ao mínimo necessário para constituição de uma empresa tradicional. Em outras palavras, existem casos de sucesso desenvolvidos com estrutura mínima, semelhante a produção de garagem.
Fazendo um paralelo com a produção de vídeo e a indústria cinematográfica, hoje também a indústria de games tem segmentos e projetos de todos os portes, como a produção independente de um curta-metragem de baixo custo, apenas com a figura do autor, até super-produções milionárias com grandes equipes.
Podemos utilizar como exemplo uma estrutura básica com uma área de 60 m² que será distribuída entre recepção, sala de criação e desenvolvimento de games, escritório (para parte administrativa), pequena copa e banheiro para os funcionários.

Como em qualquer outro empreendimento, os departamentos deverão ser separados da melhor forma para que seja possível conseguir a maior produtividade possível de cada colaborador. Quanto ao imóvel escolhido para instalação da empresa, ele deve oferecer a infraestrutura necessária para a instalação do negócio e, ainda, propiciar o seu crescimento. Dentre os aspectos de infra-estrutura que devem ser observados citamos a disponibilidade de internet banda larga, água, gás, eletricidade, rede de esgoto, vias de transportes e de comunicação etc. Cuidado com imóveis situados em locais sem ventilação, úmidos, sujeitos a inundações ou próximos às zonas de risco. Consulte a vizinhança a respeito.

Estrutura Tendência: estrutura virtual
Uma alternativa para as pequenas empresas é contratar serviços de escritórios virtuais para quem quer usufruir de um endereço de prestígio sem os investimentos normalmente necessários. Essas empresas oferecem espaço físico, secretária, mobiliário, atendimento telefônico, sala de reunião e serviços de apoio administrativos. Os planos são flexíveis e com mensalidades, em geral, a partir de R$ 120,00, dependendo da cidade e da localização do escritório.

Produção de games
Pessoal
Selecionar as pessoas que irão trabalhar na sua empresa exige que considere cuidadosamente as habilidades específicas exigidas para cada tipo de atividade que desenvolverão.

O quadro de funcionários de uma empresa de produção de games irá variar de acordo com o porte do empreendimento. Em geral, para início de negócio (de uma pequena empresa), são necessários, no mínimo, 4 funcionários (o dono, 1 programador, 1 designer e 1 gerente de projeto).
A paixão pelos jogos eletrônicos deve ser um importante requisito para quem pretende trabalhar na criação de games. De modo geral, as funções são distribuídas em quatro áreas. Três ligadas ao produto e a outra ao gerenciamento do negocio.
O game designer é o responsável pelo projeto do jogo, agrupa as idéias dentro do mapa e define o sistema de regras e as conseqüências das ações dos personagens. Ele não precisa ser um técnico. Geralmente vem da área de comunicação, mas é importante conhecer bastante o funcionamento do processo de um jogo.

Já o programador é aquele que tem uma formação técnica (Ciências da Computação, por exemplo) e cria toda a interface do game. É importante que um destes deve ter pelo menos alguma noção do que o outro executa.

Cabe ao artista (ilustradores e modeladores 3D) criar toda a parte
visual do game com a qual o jogador vai ter contato. Para este tipo de profissional, acaba fazendo pouca diferença a formação acadêmica, o que conta mais e o portfólio.
Em alguns casos, ainda pode haver a “figura do tester”, que irá jogar exaustivamente o protótipo para descobrir possíveis erros de programação.

O vendedor e o gerente da empresa (geralmente o dono) deverão conhecer bem os games comercializados. O vendedor é responsável pelo atendimento ao cliente, vendas e eventualmente pelo controle de estoque (no caso de um pequeno empreendimento) e o gerente será reponsável pela compra de matéria-prima, pagamentos, além da gestão do empreendimento.

Ressalta-se ainda que o proprietário do negócio deverá estar presente em todas as operações da empresa, principalmente acompanhando a área de criação e desenvolvimento (coração da empresa), vendas e estoque, bem como a parte de gestão administrativo-financeira da empresa.
Recomenda-se ainda a adoção de uma política de retenção de pessoal, oferecendo incentivos e benefícios de natureza financeiros ou outros. Assim, a empresa poderá diminuir os níveis de rotatividade e obter vantagens como a criação de vínculo entre funcionários e clientes e ainda a diminuição de custos com:
·        recrutamento e seleção;
·        treinamento de novos funcionários;
·        custos com demissões.

Produção de games
Equipamentos
Os equipamentos implementados dependem da estrutura que vai ser montada variando de acordo com o porte e produtos a serem vendidos. Dentre os principais equipamentos necessários para um empreendimento que pretende produzir games, podemos destacar:

Parte administrativa:
 
  • Telefone/fax;
  • Móveis de escritório (mesa/cadeira/arquivo);
  • Computador;
  • Impressora.
Parte da produção:
 
  • Computadores com placa de vídeo;
  • Softwares de criação de games 2D e 3D;
  • Internet banda larga.

De acordo com o diretor da Abragames, Sr. Winston Petty, ainda devemos levar em consideração a necessidade de estações de trabalho de alto processamento computacional e gráfico. As tecnologias variam muito dependendo do escopo do projeto, podendo variar desde o popular Flash, como a Unity (nova tecnologia que permite execução de gráficos 3D de alta qualidade no navegador) até engines específicas para o desenvolvimento para consoles, fechadas apenas para empresas licenciadas.

A tecnologia é muito relevante nesse tipo de negócio. Quanto mais avançados forem os sistemas informatizados, as máquinas e os equipamentos, maior será a qualidade e produtividade da empresa. Contudo, nada disso acontecerá se a mão-de-obra não for devidamente qualificada e comprometida com o projeto da empresa de produção de games.

Produção de games
Investimentos
Investimento consiste na aplicação de algum tipo de recurso esperando, um retorno superior aquele investido, em um determinado período de tempo. O investimento que deve ser feito em um empreendimento varia muito de acordo com seu porte.
O investimento inicial irá variar de acordo com a estrutura do empreendimento e do tipo de produto fabricado/vendido. Para uma empresa que fabrica games com uma estrutura mínima de pequeno porte devemos considerar os seguintes itens:
  • Reforma e instalações da fábrica: R$ 3.000,00
  • Equipamentos para área de produção: computadores com placa de vídeo de 256 megabytes, softwares de criação 2D e 3D, internet banda larga, móveis de escritório : R$ 80.000, 00
  • Investimento inicial em marketing: R$ 5.000,00
  • Capital de giro para iniciar as atividades: R$ 20.000,00

Total do investimento inicial: R$ 108.000,00*
 
Os valores acima relacionados são apenas uma referência para constituição de um empreendimento dessa natureza. Para dados mais detalhados é necessário saber exatamente quais tipos de games serão produzidos pela empresa e qual o seu porte. Nesse sentido, aconselhamos ao empreendedor interessado em constituir esse negócio, a realização de levantamento mais detalhado sobre os potenciais investimentos depois de elaborado seu plano de negócio (para elaboração do plano de negócio procure o Sebrae do seu estado).
Além disso, os valores acima irão variar conforme a região geográfica que a empresa irá se instalar, da necessidade de reforma do imóvel, do tipo de mobiliário escolhido, etc.
* No caso de uma empresa de grande porte com uma estrutura industrial completa o investimento inicial pode chegar a 5 milhões de reais.

Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

Como produzir biojóias

Produção de biojóias
Apresentação do Negócio
A Biojóia é um adorno produzido a partir de materiais extraídos da natureza, tais como sementes diversas, fibras naturais, casca do coco, conchas, madrepérola, capim, madeira, ossos, penas, escamas, etc., com ouro, pedras preciosas semi-preciosas e outros materiais nobres. Trata-se, portanto, de criações artísticas, tipicamente brasileiras, que aproveitam a riqueza de cores, texturas e aromas da flora brasileira para o público feminino, principalmente.
      Para melhor entendimento do temo “biojóia”, será  feita a diferenciação entre jóia, bijuteria e biojóia, como segue:
      * Jóia: peça feita com metais nobres como o ouro e a platina, pedras preciosas e semi-preciosas que são cravadas, de alto valor comercial e com desenhos exclusivos.
      * Bijuteria: peça produzida com materiais sintéticos ou naturais, sem metais nobres ou pedras preciosas. E quando são usadas outras pedras, são coladas. A prata, no entanto, é utilizada na produção de jóias e também de bijuterias.
      * Biojóia: peça produzida com a combinação harmoniosa de elementos naturais com metais nobres e/ou pedras preciosas.
      As biojóias são produzidas por artesãos, mas já existe no mercado o profissional definido como Biodesigner, que assessora o artesão, para que a busca por insumos na natureza se realize dentro de parâmetros de responsabilidade com o meio ambiente e o orienta quanto aos cuidados necessários para que as biojóias tenham qualidade e durabilidade.
      Segundo S. Matter, em artigo publicado no site da Krystalos, “A infinita riqueza do potencial da natureza brasileira, resulta em jóias vibrantes, calorosas e ousadas. A Biojóia chegou no cenário da moda com todo o vigor. E, chegou para ficar.” 
      Este documento contém informações importantes para o empreendedor que queira trabalhar com Produção de Biojóias, mas não substitui o Plano de Negócios. Para obter informações sobre Plano de Negócios, o empreendedor deve procurar o SEBRAE mais próximo.

Produção de biojóias
Mercado
O mercado de biojóias é um mercado em expansão com potencial de exportação. A beleza e originalidade das biojóias atraem consumidores, fazendo crescer a demanda por sua comercialização.
      Apesar de a maior parte da produção de biojóias estar concentrada em determinadas regiões do Brasil, onde há comunidades que se beneficiam da atividade, gerando de emprego e renda, as biojóias hoje são elaboradas e comercializadas em praticamente todo o território nacional. Na cidade de Manaus, por exemplo, o mercado de biojóias ganha espaço a cada dia, em função da diversidade das peças oferecidas ao consumidor. Isso tem atraído grandes joalherias do Brasil, que estão, cada vez mais, apostando na mistura de materiais naturais com as pedras preciosas e semipreciosas e metais nobres.
      Não foram localizados registros que informem a quantidade de produtores de biojóias no Brasil. É comum que a produção seja feita na própria residência do artesão, e na maioria dos casos são informais. 
      Muitos artesãos ainda não têm estrutura física própria montada para a comercialização de seus produtos. Preferem investir expondo-os em showrooms, feiras, congressos, desfiles e eventos do gênero, por acreditarem que os acessórios fazem parte de um componente essencial e caracterizador do vestuário, e que por isso não deve ser apreciado isoladamente.
      No mercado internacional cresce o sucesso das biojóias brasileiras. Os produtos naturais estão claramente valorizados no mercado externo. A diversidade e beleza das peças produzidas no Brasil, aliadas à criatividade do brasileiro, enchem as vitrines das lojas de “Tropic Concept” (um conceito adotado pelas lojas estrangeiras ao se referirem às biojóias brasileiras, que possuem uma conotação tropical), que ganham mais espaço mundo afora. Empreendedores de biojóias da cidade de Ribeirão Preto/SP afirmam que 90% da produção daquela região é adquirida por estrangeiros.
     
      Ameaças e oportunidades
      Como em todo empreendimento, na atividade de fabricação de biojóias o empresário deve estar preparado para antever possíveis riscos que irá correr, e a partir daí, lançar mão de ações estratégicas que diminuam as ameaças e aumentem as possibilidades de atrair oportunidades para garantir o sucesso de seu negócio.
      As oportunidades de negócios são definidas pelas possibilidades de bons resultados que o empreendedor vislumbra ao implantar um novo empreendimento.
      O conhecimento real das possibilidades de sucesso somente será possível através de pesquisa de mercado.
      Uma pesquisa não precisa ser sofisticada, dispendiosa - em termos financeiros - ou complexa. Ela pode ser elaborada de forma simplificada e aplicada pelo próprio empresário, para estudar a concorrência já instalada em termos de qualidade das instalações, valores praticados, tendências de  design, etc. 
      O risco de abrir as portas sem conhecimento do mercado consumidor, concorrente e fornecedor  local é muito grande.
     
      Oportunidades
      Podem ser oportunidades no ramo de fabricação de biojóias:
      - Criações exclusivas e com alto valor agregado;
      - Valorização do produto no mercado internacional;
      - Flexibilidade de venda do produto em lojas e eventos de moda de maneira geral, ampliando as possibilidades de comercialização;
      - Associação dos produtos a projetos sociais, que visem a geração de emprego e/ou trabalho e renda 
     
      Ameaças
      Algumas ameaças que podem ser previstas na fabricação de biojóias:
      - Capital insuficiente para investimento no negócio;
      - Crises na economia, que desfavoreçam a moeda nacional e dificultem os investimentos;
      - Mão de obra não qualificada, que comprometa a qualidade dos produtos;
      - Inviabilidade de investimento em estratégias de marketing para divulgação e venda das biojóias;
      - Cultura instalada em alguns profissionais do ramos de apenas copiar peças de outros fabricantes, sem acrescentar diferencial competitivo;
      - Exigência de cuidados específicos para que a matéria prima e/ou o produto  não se deteriore.

Produção de biojóias
Estrutura
O ambiente onde funciona o processo de produção de biojóias é, em muitas situações, a própria residência do artesão. Nesse caso, a maioria dos profissionais afirma que não existe um padrão de estrutura física, além do espaço que deverá ser destinado ao processo de tratamento dos insumos, tingimento, secagem e à montagem das biojóias.
      É importante que o trabalho seja realizado em um local claro, com ventilação adequada,  e que tenha pelo menos duas a três mesas largas e grandes, adaptadas e apropriadas para o desempenho das atividades de montagem das peças.
      Quando o ponto residencial for utilizado para abrigar não somente a fábrica como o comércio das biojóias, é recomendável que a estrutura física seja devidamente adaptada às necessidades de cada segmento, a fim de que não se misturem locais de moradia com espaços de convivência profissional. 
      Se o empreendedor optar por também realizar vendas no varejo, a loja especializada em biojóias deverá ter um arranjo físico onde o público consumidor veja nas biojóias produtos exclusivos e originais.
      O ambiente deverá ser claro e com poucos móveis, para dar destaque e harmonização às cores das biojóias.
      As prateleiras e mostruários deverão compor poucas peças de cada modelo, para que possam ser apreciadas com detalhamento pelo cliente.
      Como em qualquer loja de adornos/acessórios, os espelhos são necessários.
      Como são ricas em diversidade, os modelos expostos devem ser agrupados por similaridade.
      É importante que as etiquetas de identificação dos produtos sejam personalizadas e discriminem os preços de venda. A marca registrada deixa o cliente confiante de que está comprando um produto de qualidade e com garantia de atendimento pós-venda.  

Produção de biojóias
Pessoal
Ao contrário do que pode se pensar, o processo de fabricação das biojóias é bastante complexo. Por serem elaboradas com matérias primas extraídas da natureza, sejam elas in natura ou obtidas por meio de descarte, requerem tratamentos específicos.
      As pessoas que trabalham na produção de biojóia precisam saber fazer corretamente a coleta das sementes, folhas, cascas e afins, o tratamento dessa matéria prima e os insumos utilizados, e, principalmente, saber sobre os cuidados necessários à preservação dos produtos acabados.
      O comércio de biojóias tem gerado muitos postos de trabalho e beneficiado pessoas com um nível de escolaridade mais baixo e contribuído em projetos sociais. Por exemplo, em Brasília, uma artesã e empresária passou a ensinar às presidiárias, a técnica de produção das biojóias que vende, incentivando-as ao trabalho e fazendo com que, por meio da produção das peças, suas penas fossem reduzidas a partir do tempo de produção.
      A quantidade de pessoas para trabalhar na Produção de Biojóias pode limitar-se ao artesão e um auxiliar, no início das atividades.
      Cabe ao artesão a criação, o desenho e a produção das peças, seleção de matéria prima, bem como o cuidado com as tarefas administrativas.
      O auxiliar pode ser encarregado de atividades de apoio, tais como o armazenamento de insumos, limpeza do ambiente, etc.
      As pessoas que trabalham com biojóias deverão ser competentes para desempenhar de maneira satisfatória  as seguintes situações, dentre outras:
      - Criar peças originais;
      - Manipular peças e equipamentos pequenos e delicados;
      - Cuidar de pequenos detalhes;
      - Harmonizar cores e texturas.
      A capacitação do pessoal deverá ser voltada para o desenvolvimento dessas competências.
      Os níveis salariais básicos são definidos pelos sindicatos da categoria - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Joalheria e Lapidação de Pedras Preciosas- ou Sindicato do comércio varejista, conforme o caso, e a partir daí A Produção de Biojóias deverá manter políticas que remunerem adequadamente os empregados, considerando-se os níveis de competências pessoais.
      É recomendável a adoção de uma política de retenção de pessoal, oferecendo incentivos e benefícios financeiros ou não. Assim, a Produção de biojóias poderá diminuir os níveis de rotatividade e obter vantagens como a diminuição de custos com recrutamento e seleção e demissões, e ainda poderá evitar o investimento de tempo em adaptação de novos funcionários.
      
Produção de biojóias
Equipamentos
A fabricação de biojóias é um processo considerado artesanal, porém complexo, como foi dito no item “pessoal”. Tendo em vista que a matéria prima utilizada são sementes, madeiras, fibras das árvores, etc, que as diferencia das bijuterias tradicionais, sua elaboração não requer produção em série, muito menos um processo industrial, apesar deste tipo de negócio ser caracterizado como setor secundário da economia (indústria). Por esse motivo, são poucos os investimentos em equipamentos ou maquinários dos quais o empresário do ramo despenderá para a montagem de seu negócio.
      Em princípio, o processo de fabricação não requer compra de maquinários mais pesados, complexos ou afins. No caso de produzir peças com sementes deve-se ter uma estufa para a secagem das sementes e uma câmara com emissão de raios ultra-violetas para a eliminação de fungos.
      Se o empreendedor optar por trabalhar com pedras na montagem das peças precisará de máquina para polir este tipo de matéria prima. Porém existem  artesãos que terceriazam a lapidação, pelo menos no início do empreendimento
      Para o trabalho de montagem e acabamento, alguns artesãos utilizam equipamentos mais sofisticados como por exemplo,  furadeiras próprias para este fim.
      Nos casos em que optar por loja própria, o empresário deverá dispor de caixa registradora para a emissão de nota fiscal, um computador com software para controle das vendas e do estoque das mercadorias, além de outras especificidades relacionadas as uma loja desta natureza.
      O dimensionamento da necessidade de equipamentos depende muito da percepção do empresário do volume de clientes atendidos.
      O empreendedor deverá consultar os fabricantes dos equipamentos para conhecer o tempo de obsolescência e analisar a relação custo X benefício da aquisição desses equipamentos, como pro exemplo estufas e  câmara de luz.
      Normalmente neste ramo de empreendimento não se faz necessário a contratação de seguros para as instalações e equipamentos. Porém, cabe ao empreendedor analisar e decidir sobre a contratação desse serviço.  

Produção de biojóias
Investimentos
 Várias decisões irão impactar no montante do investimento necessário para abertura de uma empresa de pequeno porte  que produz Biojóia, dentre elas:
      Localização: o valor para alugar ou comprar um imóvel irá variar de acordo com a região escolhida para abertura do negócio; 
      Tipo de imóvel: optar por alugar ou comprar um imóvel;
      Qualidade do imóvel: condições físicas do imóvel, necessidade de reforma, tamanho da reforma;
      Equipamentos: optar por equipamentos novos ou usados, equipamentos mais simples ou mais sofisticados.
      Os resultados das decisões referentes a estes itens surgirão com a elaboração do plano de negócios. Etapa fundamental para quem deseja empreender de forma consciente, “o plano de negócios é a validação da idéia, análise de sua viabilidade como negócio” (DOLABELA, 1999, p.17). As instruções de como fazer um plano de negócios o SEBRAE oferece um curso gratuito na internet, para se inscrever é preciso acessar http://www.ead.sebrae.com.br/.
      Considerando um ambiente para  Produção de Biojóia instalado numa área de 20m² com equipamentos básicos, é necessário um investimento inicial estimado em aproximadamente em R$ 11.615,00 (onze mil seiscentos e quinze reais), a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:
      - Reforma do local: R$ 2.000,00;
      - Aluguel: R$ 300,00
      - Mobiliário: R$ 1.000,00;
      - Divulgação: R$ 1.000,00
      - Equipamentos e utensílios: R$ 1.500,00
      - Telefone/fax, microcomputador e impressora: R$ 1.400,00
      - Insumos: R$2.600,00
      - Taxas e Impostos: R$ 300,00
      - Capital de giro: R$ 1.515,00
 
Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

Como Abrir - Montar uma Produtora cultural

Produtora cultural
Apresentação do Negócio
O Brasil tem uma imensa e variada gama de manifestações de cultura popular. Elas refletem a maneira de ser, agir, pensar e se expressar dos diferentes segmentos de nossa sociedade, expressas através da música, dança, artesanato, teatro, filmes, festas populares (urbanas, rurais, regionais, etc.) e muitas outras formas.
 
A crescente demanda por produtos culturais, resultante da evolução da tecnologia digital, dos meios de comunicação e entretenimento, tem favorecido a geração de novas criações culturais, por artistas anônimos e criadores profissionais, que fazem da criação cultural sua atividade principal.
 
Outros grandes agentes da política cultural do país são as instituições culturais (museus, centros culturais, galerias e demais instituições públicas ou privadas que tem por finalidade a organização de atividades relacionadas à cultura) e que necessitam de recursos humanos, materiais e financeiros para realizar seus projetos (exposições e apresentações culturais).
 
No mesmo sentido, o Estado, reforça o seu papel na política cultural do país, como planejador, produtor e avaliador dos impactos de sua política na sociedade, atuando de forma direta ou indireta, através de incentivos fiscais e financiamentos de projetos prioritários.
 
Neste contexto, cabe ao produtor cultural orientar criadores e instituições culturais, interpretando a política cultural do país, possibilitando que os produtos culturais venham a enquadrar-se nas políticas de financiamento do Estado.
 
Além disso, produtores culturais podem atuar diretamente na produção de projetos de caráter cultural, correndo os riscos inerentes ao negócio, exatamente como acontece com outras atividades empresariais.
 
Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.
 
Produtora cultural
Mercado
Segundo o ex-Ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil e a coordenadora do Prodec (Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura), Paula Porta, no artigo Economia da Cultura, publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 03 de fevereiro de 2008, a produção cultural brasileira, além de sua relevância simbólica e social é capaz de gerar desenvolvimento.
 
Dados do IBGE revelam que a chamada “economia da cultura”, do país, possui indicadores expressivos: as 320 mil empresas do setor geram 1,6 milhões de empregos formais e representam 5,7% das empresas do país. A cultura é o setor que melhor remunera - sua média salarial é 47% superior à nacional.
 
Para Gil, o Brasil tem evidente vocação para tornar a economia da cultura um vetor de desenvolvimento qualificado, em razão de nossa diversidade e alta capacidade criativa. Segundo o ex-Ministro, temos importantes diferenciais competitivos, como a excelência dos produtos, a disponibilidade de profissionais de alto nível e a facilidade de absorção de tecnologias, além de um mercado interno forte, no qual a produção nacional tem ampla primazia sobre a estrangeira - a música e o conteúdo de TV seriam exemplos disto, aonde o predomínio chega a 80%, ainda com oportunidades de ampliação de mercados.
 
A economia da cultura, que envolve produção, circulação e consumo de produtos e serviços culturais, já responde por 7% do PIB mundial. Os produtos culturais são os principais itens da pauta de exportações dos Estados Unidos e na Inglaterra representam 8% do seu PIB.
 
Um de seus fortes ativos é a propriedade intelectual, mas segmentos dinâmicos, como festas e artesanato, não são baseados em patente ou direito autoral. O setor depende pouco de recursos esgotáveis e tem baixo impacto ambiental. Gera produtos com alto valor agregado e é altamente empregador. Seu desenvolvimento econômico vincula-se ao social pelo seu potencial inclusivo e pelo aprimoramento humano inerente à produção e à fruição de cultura.
 
A tecnologia digital criou novas formas de produzir, distribuir e consumir cultura e, com elas, surgem novos modelos de negócio e de competição por mercados, nos quais a capacidade criativa ganha peso em relação ao porte do capital.
 
Vide a integra do artigo disponível em: http://www.cultura.gov.br/site/2008/02/03/economia-da-cultura-2/. Acesso em: 8 de abril de 2009.
 
Como Abrir - Montar uma Produtora cultural
Estrutura
A estrutura requerida para se iniciar um negócio como este é bem simples, podendo a atividade ser desempenhada a partir da própria residência do empreendedor ou de uma sala comercial de aproximadamente 30 m², com o auxílio de um computador com internet, website próprio e linha telefônica.
 
Produtora cultural
Pessoal
Empresas culturais são caracterizadas pela flexibilidade e ausência da divisão de trabalho, típico de uma organização tradicional. A multi-atividade dos empresários culturais, acostumados a fazer um pouco de tudo, desde assinar contratos a fazer marketing, e a maneira como se organiza o trabalho tornam essas empresas diferenciadas, exigindo do empreendedor flexibilidade e visão generalista.
 
Em geral, o próprio empreendedor, sozinho, ou com o auxílio de um assistente, pode realizar o trabalho de produção. Serviços mais complexos podem envolver a necessidade de especialistas e, ou, maior número de profissionais.
 
Observação: Embora a multi-atividade seja uma característica do setor, o empreendedor deve buscar o auxílio de profissionais especializados para as tarefas acessórias, mas que requeiram habilidades especificas tais como: contabilidade, questões jurídicas e outras, necessárias à administração do negócio.
 
Produtora cultural
Equipamentos
Em geral, o trabalho de produção cultural é uma prestação de serviço, que não envolve o uso de equipamentos específicos para o exercício da atividade. O trabalho requer apenas o uso de computador, impressora, fax, telefone etc., equipamentos estes, necessários às tarefas administrativas associadas à atividade.
 
Como Abrir - Montar uma Produtora cultural
Investimentos
A estrutura do empreendimento e os serviços ofertados são variáveis, o que podem fazer variar o valor necessário para o investimento. Por esta razão sugerimos a elaboração de um Plano de Negócio, onde os recursos necessários, em função dos objetivos estabelecidos, poderão ser determinados. (vide modelo disponível em: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-umnegocio/integra_bia?ident_unico=1440).
 
O investimento inicial compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser divididos em:
- investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas, registro da empresa, honorários profissionais e outros;
- investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas etc.;
- capital de giro inicial – é o capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destinam-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de contador, dentre outros gastos.
 
Para uma produtora cultural de pequeno porte, estimamos que o empreendedor terá que dispor aproximadamente de R$ 25.000,00 para fazer frente aos seguintes itens de investimento:
- despesas de registro da empresa, honorários profissionais, taxas etc. - R$ 2.500,00;
- montagem e aparelhamento da agência – R$ 10.000,00;
- Desenvolvimento de website e material promocional da empresa – R$ 2.500,00;
- capital de giro para suportar o negócio nos primeiros meses de atividade – R$ 10.000,00.
  
 Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

quarta-feira, agosto 03, 2011

Como Abrir - Montar uma empresa de Prestação de serviços de caligrafia

Prestação de serviços de caligrafia
Apresentação do Negócio
Caligrafia significa a arte da escrita bela. O termo tem origem nas palavras gregas: kali – que significa beleza, e grafia – que significa escrita. Trata-se de um serviço artesanal que requer paciência e atenção aos detalhes.
As tendências da caligrafia variam conforme as mudanças de comportamento da sociedade. No passado remoto, os calígrafos dispunham de mais tempo para realizarem formas mais rebuscadas. Na idade média, escrivães públicos, criados e artesãos em geral dedicavam-se exclusivamente à atividade. Se alguém demonstrava habilidade para este tipo de arte, era afastado de suas funções cotidianas e dedicava-se exclusivamente ao ofício, tornando-se um artesão diferenciado e ascendendo socialmente. Posteriormente, os calígrafos se aplicavam à elaboração de documentos e textos de obras literárias sagradas, escritas sobre pele de carneiro ou papiro vegetal, encadernadas em couro especial com inscrições em ouro.
Os textos escritos à mão possuem o estilo próprio de quem escreve, possibilitando infinitas variações pessoais e artísticas. A beleza do trabalho é reconhecida pela proporção adequada de traços e pelo conjunto harmonioso das letras. Os tipos de caligrafia mais utilizados são a comercial inglesa, italiana, coulée, gótica alemã e ronde francesa.
Apesar da utilização em larga escala de textos digitados em computadores e outros dispositivos eletrônicos, com os mais diversos tipos de fontes, o serviço de caligrafia ainda é muito requisitado para a confecção de peças personalizadas, como convites de casamento, diplomas, certificados, envelopes, papéis de carta e placas comemorativas. O serviço também é demandado para a decoração gráfica de vitrines e ambientes. Empreendedores talentosos que possuam esta habilidade artesanal podem se candidatar a abrir uma empresa prestadora de serviços de caligrafia. Mais informações podem ser obtidas por meio da elaboração de um plano de negócios. Para a construção deste plano, consulte o SEBRAE mais próximo.
Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?

Prestação de serviços de caligrafia
Mercado
A maior demanda por serviços de caligrafia parte do mercado de eventos, que utiliza os serviços de calígrafos para confeccionar convites, placas e diplomas. Este mercado no Brasil encontra-se em notório crescimento. Cada vez mais as instituições públicas e privadas reconhecem a importância da realização de eventos para divulgar uma marca, estreitar relacionamento com clientes, valorizar funcionários e celebrar resultados e parcerias estratégicas. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc), o mercado vem apresentado taxas anuais de expansão de 10%.
Já a indústria do casamento, outra grande requisitante dos serviços de caligrafia, movimenta a cifra astronômica de R$ 3,7 bilhões por ano, com um custo médio de R$ 35 mil por cerimônia. Surpreendentemente, os meses de maior movimento são abril e setembro. Maio, o chamado mês das noivas, já não corresponde mais à preferência nacional. Devido às festas de fim de ano e ao carnaval, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são os mais fracos. E por superstição, agosto também registra pouco movimento, por ser tido como mês de mau agouro.

Devido ao risco intrínseco ao negócio, recomenda-se a realização de ações de pesquisa de mercado para avaliar a demanda e a concorrência. Seguem algumas sugestões:
• Pesquisa em fontes como prefeitura, guias, IBGE e associações de bairro para quantificação do mercado-alvo.
• Pesquisa a guias especializados e revistas sobre o setor. Trata-se de um instrumento fundamental para fazer uma análise da concorrência, selecionando concorrentes por bairro, faixa de preço e especialidade.
• Visita aos concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e fracos dos estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho.
• Participação em seminários especializados.

Prestação de serviços de caligrafia
Pessoal
O talento humano é fundamental para o sucesso de uma prestadora de serviços de caligrafia. Contar com profissionais qualificados e comprometidos deve estar no topo da lista de prioridades do empreendedor.
O número de funcionários oscila de acordo com o tamanho do empreendimento. Para uma microempresa de caligrafia, basta o calígrafo e um assistente. Mais calígrafos podem ser contratados conforme a demanda.
Normalmente, o escritório funciona em horário comercial das 10h (não podemos usar o artigos com a crase, pois antereior a ele tem a preposição ‘de’. Sugestão: das 10h às 18h) às 18h. Dependendo do movimento e da época do ano, pode ser necessária a ampliação do horário de atendimento. Esta expansão do negócio precisa ser planejada conforme o aumento da receita.
O atendimento é um item que merece uma atenção especial do empresário, visto que, nesse segmento de negócio, os clientes satisfeitos ajudam na divulgação da empresa para novos clientes.
A qualificação de profissionais aumenta o comprometimento com a empresa, eleva o nível de retenção de funcionários, melhora a performance do negócio e diminui os custos trabalhistas com a rotatividade de pessoal. O treinamento dos colaboradores deve desenvolver as seguintes competências:
• Capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos clientes;
• Agilidade e presteza no atendimento;
• Capacidade de apresentar e vender os produtos da loja;
• Motivação para crescer juntamente com o negócio.
Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis.
O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado às tendências do setor. O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.
Prestação de serviços de caligrafia
Equipamentos
Os equipamentos necessários para a montagem de uma prestadora de serviços de caligrafia, considerando uma empresa de pequeno porte, são os seguintes:
• Mesa;
• Cadeira;
• Computador;
• Impressora;
• Fax;
• Telefone;
• Mesa de luz;
• Material de trabalho: canetas, lápis, réguas, penas de caligrafia, borrachas, vidros de nanquim, folhas de papel, envelopes, cartões de visita, tintas e pincéis.
Prestação de serviços de caligrafia
Investimentos
O investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento. Um escritório de caligrafia, estabelecido em uma área de 50 m², exige um investimento inicial estimado em R$ 20 mil, a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:
• Reforma do local: R$ 7.000;
• Mesa de luz: R$ 150;
• Telefone, aparelho de fax, microcomputador e impressora: R$ 4.000;
• Mesa e cadeira: R$ 800;
• Material de trabalho: canetas, lápis, réguas, penas de caligrafia, borrachas, vidros de nanquim, folhas de papel, envelopes, cartões de visita, tintas e pincéis: R$ 6.700.
• Capital de giro: R$ 1.500.
Para uma informação mais apurada sobre o investimento inicial, sugere-se que o empreendedor utilize o modelo de plano de negócio disponível no SEBRAE.

Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.

Como Abrir - Montar um Posto de Combustível

Posto de Combustível
Apresentação do Negócio
O negócio de posto de combustíveis está relacionado à conveniência e mobilidade. Com a possibilidade de transporte da população, especialmente com o desenvolvimento e expansão dos veículos para transporte pessoal, a freqüência a um posto de combustível passou a ser uma atividade essencial na vida dos habitantes do planeta. Abastecer um veículo automotor é uma atividade que se incorporou à rotina das pessoas.

Esse negócio está relacionado ao abastecimento de combustível para veículos automotores e barcos. Hoje com o desenvolvimento das novas tecnologias voltadas para a energia renovável e da preocupação com o meio ambiente, o posto de combustível passou a incorporar no seu portfólio de oferta, uma matriz energética composta por uma variedade incomum de novos combustíveis além das versões da gasolina, comum e aditivada, temos hoje álcool hidratado, óleo diesel e Gás Natural Veicular – GNV.

A onda do Gás Natural Veicular, iniciada a partir do fim da década de 90 tem se revelado crescente e impactante como símbolo de combustível não poluente e sustentável.

O publico consumidor é heterogêneo e está presente em todas as classes sociais, sexos, faixas etárias, e abrange toda a sociedade.

Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração do plano consulte o SEBRAE mais próximo. 

Posto de Combustível
Mercado
Segundo informações da Federação Nacional de Combustíveis e Lubrificantes – Fecombustíveis foram consumidos 105,9 bilhões de litros de combustíveis no país em 2008.

O ano de 2008 registrou o maior volume de consumo de álcool hidratado no país, quando foram consumidos 13,3 bilhões de litros de álcool, esse aumento no volume foi influenciado pelo recorde nas vendas de carros flex no país. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA - foram vendidas 2,347 milhões de veículos flex em 2008, representando um acréscimo de 16,3% em relação a 2007. Esse número representa 87,2% do total de automóveis e carros leves comercializados no ano no Brasil. Enquanto isso a venda de veículos a gasolina caiu 7,9% em 2008. Em 2008 o álcool hidratado deteve 11,8% da matriz de combustíveis veiculares do Brasil, acima dos 9,1% registrados no ano anterior. Em relação a composição das vendas de combustíveis por posto, o álcool passou de 16% das vendas em 2007 para 21% em 2008.

As vendas do diesel acompanharam o crescimento da economia brasileira, registrando aumento de 7,7% no volume de vendas em 2008 comparativamente com 2007, alcançando um volume de 44,7 bilhões de litros em 2008, diante de 41,5 bilhões no ano anterior. Em 2008 o óleo diesel alcançou 52,3% de participação na matriz energética veicular brasileira, sendo o combustível de maior índice. No ano anterior a participação era de 53%.

O consumo de gasolina C aumentou 3,5% em 2008, saltando de 24,3 bilhões de litros em 2007 para 25,2 bilhões no ano seguinte. A média mensal de vendas de gasolina por posto em 2008 ficou em 59.657 litros, diante de 57.890 litros em 2007. Na composição de vendas médias de um estabelecimento, a gasolina recuou de 42% em 2007 para 40% em 2008.

O Gás Natural Veicular sofreu uma queda de 5,72% nas vendas em 2008 em relação ao ano anterior. Na composição da matriz energética veicular a queda registrada foi de 4,3% em 2007, para 3,4% em 2008.

A tendência do segmento é de crescimento porque a frota de veículos tende a continuar se expandindo. 

Posto de Combustível
Exigências legais específicas
É necessário contratar um contador profissional para legalizar a empresa nos seguintes órgãos:
- Junta Comercial;
- Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
- Secretaria Estadual de Fazenda;
- Prefeitura Municipal, para obter o alvará de funcionamento;
- Enquadramento na Entidade Sindical Patronal em que a empresa se enquadra (é obrigatório o recolhimento da Contribuição Sindical Patronal por ocasião da constituição da empresa e até o dia 31 de janeiro de cada ano);
- Caixa Econômica Federal, para cadastramento no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”;
- Corpo de Bombeiros Militar.

RESOLUÇÃO CONAMA – CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE N° 273 de 29 de Novembro de 2000.

Pesquisar legislação estadual e municipal que regulamentam o licenciamento ambiental para a localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação de postos de combustíveis.

Pesquisar regulamentação da ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

A revenda de combustíveis, lubrificantes e gás natural de petróleo deve ser autorizada pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP.

Além do cumprimento das exigências anteriores, é necessário pesquisar na Prefeitura Municipal se a Lei de Zoneamento permite a instalação de posto de combustíveis.

Na seção Normas Técnicas estão relacionadas as principais Normas Técnicas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

O Sebrae local poderá ser consultado para orientação. 

Posto de Combustível
Estrutura
A estrutura de um posto de combustíveis é composta, basicamente, por uma área coberta para atendimento à clientela, conhecida como pista onde circulam os frentistas, onde são instaladas as bombas de abastecimento e os tanques de armazenamento de combustíveis, um pequeno balcão para caixa, uma pequena área de estoque de produtos complementares, como: aditivos, óleos lubrificantes para motor, freio, direção hidráulica e etc, além de áreas de serviços destinadas a troca de óleo e lavagem de veículos e um pequeno escritório para administração.

Para os postos localizados ao longo das rodovias, além da estrutura acima é necessário dispor de estacionamento amplo para caminhões, área de apoio para os caminhoneiros, tais como: banheiros confortáveis com chuveiros, lanchonete ou restaurante, acomodações para pernoite, etc.

Os tanques de armazenamento de combustíveis têm que ser subterrâneos, e devem constar na ficha cadastral junto a Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP

As bombas de abastecimento têm que estar em perfeito estado de conservação, e devem ser aferidas pelo INMETRO. 

Posto de Combustível
Pessoal
A quantidade de profissionais está relacionada ao porte do empreendimento. Para um posto de combustíveis de pequeno porte pode-se começar com sete frentistas e um gerente de pista.

A atividade de caixa é exercida pelos frentistas.

O treinamento dos funcionários deve ter como objetivo o desenvolvimento das seguintes competências:
- capacidade de percepção para entender as expectativas dos clientes;
- desenvolvimento do conhecimento da atividade;
- mostrar disponibilidade e atenção;
- relacionamento interpessoal;
- atendimento qualificado.

O empreendedor deverá participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do setor.

Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, conseqüências desagradáveis.

O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do pessoal e o treinamento adequado.

Posto de Combustível
Equipamentos
São necessários os seguintes móveis e equipamentos:

Mobiliário para a área administrativa:
- microcomputador completo 2 – R$ 1.298,00;
- impressora 1 – R$ 299,00;
- telefone 2 – R$ 129,80;
- mesas 2 – R$ 460,00
- cadeiras 4 – R$ 408,00
- armário para o escritório 1 – R$ 380,00
Total mobiliário: R$ 3.105,40

Equipamentos:
- compressor 1 – R$ 1.596,00
- elevador para troca de óleo 1 – R$ 12.380,00
- impressora de cupom fiscal 1 – R$ 1.425,00
- calibrador de pneus 1 – R$ 1.359,00
- trocador de óleo à vácuo 1 – R$ 1.950,00
- balcão de operações 1 – R$ 392,00
- kit de segurança com 4 câmeras 1 – R$ 549,90
- armários para guarda de lubrificantes, aditivos e filtros 3 – R$ 4.530,00
Total dos equipamentos: R$ 24.181,00

O empreendedor têm a possibilidade de negociar junto à companhia distribuidora o comodato de instalações e equipamentos, sob a forma de cessão, liberando-se dos custos de maior monta, relacionados a: cobertura, tanques, bombas, totens, placas luminosas e outros itens relacionados com a atividade. Nessa modalidade de contrato o empresário obriga-se a aderir à bandeira da distribuidora, ficando impedido de comercializar combustível de marca concorrente.
Caso o empresário opte por não aderir à modalidade acima descrita, ele deverá orçar as despesas relacionadas com os equipamentos e construção de cobertura e demais instalações.
Pode-se, também, considerar a alternativa de contratação junto à companhia distribuidora do financiamento das instalações e equipamentos.

Posto de Combustível
Investimentos
Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser caracterizado como:
- investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas etc.;
- investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da empresa, projeto de decoração, honorários profissionais e outros;
- capital de giro – é o capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destina-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de contador, despesas de manutenção e outros.

Para um posto de combustíveis o empreendedor deverá dispor de aproximadamente R$ 224.286,40 para fazer frente aos seguintes itens de investimento:
- Mobiliário para a área administrativa – R$ 3.105,40;
- Construção e reforma de instalações – R$ 120.000,00
- equipamentos – R$ 24.181,00
- despesas de registro da empresa, honorários profissionais, taxas etc.- R$ 12.000,00
- capital de giro para suportar o negócio nos primeiros meses de atividade – R$ 65.000,00

Não está incluído o investimento destinado a construção da cobertura, aquisição de tanques e bombas de combustível, considerando-se a possibilidade de negociação junto às companhias distribuidoras.
 
Fonte:
http://www.sebrae.com.br/
Procure o Sebrae mais próximo para maiores informações. O Sebrae é o ponto de apoio para micro e pequenos empreendedores.